
Na noite da última quinta-feira, 17 de julho, foi realizada a Plenária On-line da Fotografia Potiguar, um encontro que reuniu fotógrafos, pesquisadores, artistas visuais, estudantes, gestores culturais e representantes da sociedade civil para discutir os próximos passos da construção da Fototeca Potiguar. Transmitida pelo Google Meet e pelo canal da Fototeca no YouTube, a plenária reafirmou o caráter coletivo e democrático desse equipamento público em fase de implantação no Rio Grande do Norte.
A Fototeca Potiguar é fruto de uma mobilização histórica que culminou na aprovação da Lei nº 11.619/2023. Desde então, fotógrafos, coletivos culturais e instituições vêm trabalhando em conjunto com o Governo do Estado, por meio da Secretaria Extraordinária de Cultura e da Fundação José Augusto, para tirar o projeto do papel. A plenária foi mais uma etapa fundamental desse processo, oferecendo um espaço aberto de escuta e diálogo com todos os setores envolvidos.
Durante o encontro, foram apresentados os avanços já realizados, como o início do mapeamento da fotografia potiguar, e discutidas propostas para a estruturação física e digital da fototeca. A participação ativa dos profissionais da imagem e da sociedade civil evidenciou o compromisso coletivo com a construção de um espaço que valorize, preserve e difunda a memória visual do estado. Entre os encaminhamentos, estão a realização do I Seminário da Fototeca e o detalhamento do cronograma de implantação, previsto para os anos de 2024, 2025 e 2026.
Coordenando a plenária, o jornalista Henrique José, integrante do Coletivo da Foto, destacou a importância de um projeto pensado de forma horizontal e com visão de longo prazo. “Estamos elaborando um projeto de forma coletiva, mas sabemos que essa implementação demandará anos e ao longo de várias gestões”, afirmou Henrique, apontando para a necessidade de garantir a continuidade e o compromisso institucional com a fototeca, independentemente de mudanças políticas.
A noite foi marcada por trocas potentes, sugestões práticas e reafirmação de um desejo comum: fazer da Fototeca Potiguar um espaço vivo, acessível, representativo e conectado com as diversas linguagens e territórios da fotografia no estado. A plenária mostrou, mais uma vez, que esse projeto é muito mais do que um acervo — é um movimento coletivo que ganha foco e luz a cada nova participação.