Dia do Estudante em Natal é marcado por protestos e violência policial

11 de agosto é dia de manifestação em defesa da escola pública com educação de qualidade para o povo. Razão pela qual o movimento estudantil voltou a encher as ruas com suas lições históricas. Um aprendizado político que já garantiu muita conquista.]

Em Natal, o batuque dos protestos contra os cortes na educação foi assaltado à mão armada pela Polícia Militar, que atirou para o alto com o objetivo de intimidar estudantes que estavam ao redor da viatura policial. Assim como em tempos passados a repressão não conseguiu impedir mais uma passeata do movimento estudantil que seguiu com seus cartazes, suas faixas e palavras de ordem até o prédio da prefeitura.
“A Polícia Militar, em mais uma ação autoritária contra os estudantes, fez uma apreensão violenta, atirou para cima num local cheio de crianças e quase atropelou uma estudante”, denuncia a Umes que representa os estudantes de Natal e região metropolitana. “A nossa luta é por Vida, Pão, Vacina e Educação! Mas a Polícia Militar segue nos tratando como inimigos, pelo simples fato de pedir o básico negado pelo Governo Bolsonaro. NÃO NOS AMEDRONTARÃO! Se pensam que os estudantes arredarão o pé da luta, se enganam. Seguiremos nas ruas em defesa do Brasil! ✊🏽”
Os atos que mobilizaram o Brasil inteiro nesse Dia do Estudante fazem parte da Jornada Nacional de Lutas para denunciar a política de destruição da educação pública praticada pelo atual governo federal. Mais uma marca do genocida que chegou a chamar estudantes de “idiotas úteis e massa de manobra”. Daí, o grito “Fora Bolsonaro e Mourão”, que representam verdadeiras ameaças à gratuidade e qualidade do ensino no país. Um dos exemplos mais recentes desse desmonte das políticas educacionais é a palavra de ordem do Ministro da Educação, Milton Ribeiro, ao defender que “a universidade deveria, na verdade, ser para poucos, nesse sentido de ser útil para a sociedade”.
Assim, políticas fundamentais, como o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação), Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular (ProBNCC) têm sido deixadas de lado pelo governo Bolsonaro.
Em meio aos protestos o alerta para o retorno às aulas de forma segura com a utilização de máscara PFF2, álcool em gel e estratégias de distanciamento físico.

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