100 mil palestinos estão mortos, feridos ou desaparecidos, após 4 meses de agressões israelenses

Dados foram divulgados por agência das Nações Unidas

 

Após quatro meses de uma campanha genocida de Israel contra a população civil de Gaza, os números são catastróficos. Ao menos 100 mil pessoas estão mortas, foram feridas ou desapareceram.
Os dados divulgados pela UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina) equivalem a 5% da população total da região que sofre com bombardeios diários, além de uma incursão por terra do exército sionista.
Dos cerca de 2,3 milhões de palestinos que vivem em Gaza, 80% foram desalojados. A destruição de toda infraestrutura que havia na região é parte do processo de limpeza étnica idealizado por Israel.
A matança já fez com que 17 mil crianças ficassem órfãs ou fossem separadas de suas famílias. Outras 10 mil perderam suas vidas (uma criança morta a cada 10 minutos), segundo o Ministério da Saúde Palestino.

Acordo

Com Gaza a beira do colapso, um novo acordo de trégua entre Israel e o Hamas está em curso. Nesta semana o Secretário de Segurança dos Estados Unidos, Antony Blinken, fará viagens para o Catar, Arábia Saudita, Egito, Israel e Cisjodânia, para mediar as negociações.
Segundo o portal G1, o acordo garantiria seis semanas de trégua. Cerca de 300 palestinos presos por Israel seriam devolvidos às suas casas. De 35 a 40 israelenses também seriam liberados de Gaza.

Destruição sem precedentes

A UNRWA também divulgou, nesta segunda-feira (5), imagens de um de seus hospitais que foram completamente destruídos pelos soldados israelenses na região Norte da Faixa de Gaza, ainda no início das operações.
“Não sobrou nada”, diz o comunicado. “Este é um nível nunca visto de destruição e deslocamento forçado, que ocorre sob os olhos de todo o mundo”, afirma a organização que enfrenta sanções das principais potências mundiais.

Israel não apresenta provas

Em outro comunicado, a UNRWA também denunciou o fato de que Israel não apresentou nenhuma prova, até este momento, de que seis de seus funcionários teriam participado do ataque realizado pelo grupo palestino Hamas, no dia 7 de outubro de 2023.
A organização criada em 1949 possui 13 mil funcionários e é uma das principais garantias de saúde e alimentação aos palestinos de Gaza. Porém, está sofrendo com a retirada de recursos de países como Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Alemanha, entre outros.
O desinvestimento veio após as acusações infundadas de Israel e, na prática, ocorre como um método de punição coletiva, pois piora em muito a situação dos palestinos que já sofrem com a fome e as doenças pela falta de estrutura.

Solidariedade aos palestinos

A CSP-Conlutas continua o chamado às organizações da classe trabalhadora brasileira para intensificar a pressão sobre o governo Lula, exigindo o fim imediato das relações diplomáticas com o país sionista.
É preciso agir agora para frear o massacre que a cada dia provoca mais e mais mortes na Palestina. Lula já sinalizou que apoia a acusação de genocídio movida pela África do Sul contra Israel, portanto não há mais nenhum motivo para manter os laços entre os países.

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