Em 23 de setembro de 2010, um rolezinho do coletivo Foque acompanhado do camarada Bruno Rebouças deu de cara com Seu Inácio no meio do Sebo Vermelho a prosear com amigos, entre eles o pesquisador e escritor Manoel Onofre Jr.
O ex-vendedor de Cavaco Chinês, escritor e cinéfilo que assistiu mais de 20 mil filmes, Inácio Magalhães de Sena, logo topou falar com a nossa reportagem, enchendo o gravador de poesia e memória. “Inácio, menino de calças curtas, tornou-se vendedor ambulante, contribuindo para a subsistência dos familiares. Vendia cavaco chinês, confeitos e outras baganas, na estação do trem e na calçada do cinema, em Ceará-Mirim”, descreve o amigo Manoel Onofre Jr. em artigo publicado no Papo Cultura (15/9).
Fotografia: Rogério Marques/Coletivo Foque
Tão extraordinária sabedoria o levou para dentro da arte que tanto admirava. O filme Sêo Inácio (ou o cinema do imaginário) é uma lição para o nosso mundo cada vez mais robotizado e alheio às sensações que o ser humano carrega consigo. A sua história elevou a produção audiovisual potiguar e o mundo do cinema, uma das grandes paixões.
Para João Pinheiro, um dos produtores do filme, o grande lance do Sêo Inácio é que ele inspira as pessoas. “Por isso que a gente luta tanto para que o maior número de pessoas vejam esse filme e sinta o que a gente sentiu e possa aprender pelo menos um pouco do que a gente aprendeu com ele.”
Neste domingo (18/9) “Sêo” Inácio nos fez lembrar o escritor Guimarães Rosa: “As pessoas não morrem, ficam encantadas… a gente morre é para provar que viveu.”
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