
Mais uma ação policial que resulta em morte.
A vida da jovem Bárbara Kelly Araújo Nascimento, 34 anos, foi interrompida em 13 de abril de 2025 durante uma operação policial no Passo da Pátria. O luto que cobre a comunidade da zona leste de Natal se transformou em combustível para a luta contra a impunidade. O caso gerou comoção e revolta entre os moradores e movimentos sociais, que denunciam o padrão recorrente de ações violentas por parte das forças de segurança pública nas periferias da capital potiguar. A bala que tira a vida de jovens revela as estratégias da criminalização que ronda essas comunidades.
“Nossa solidariedade à comunidade de Passo da Pátria, em luto e em luta por justiça para Bárbara. Nós que moramos na Vila de Ponta Negra também temos sofrido há tempos com a violência policial. Com operações de guerra nas quais a polícia chega atirando, executa e alega confronto. É fundamental para nós a solidariedade e articulação das comunidades que sofrem com a violência policial, que só produz mais insegurança, colocando em risco toda comunidade. Por um basta às “balas perdidas” que encontram sempre o mesmo endereço e os mesmos corpos!”, diz a Nota publicada pelo Movimento “Engorda pra Quem?”
O Movimento de Mulheres Olga Benário também publicou uma Nota de solidariedade. “Barbara era mãe, trabalhadora e foi assassinada pela polícia militar. Não é de hoje que a polícia oprime a população no Passo da Pátria. No nosso país, a violência policial cresceu em índices alarmantes, apenas em 1 ano os casos cresceram em 99% em nosso país. E quem sofre as consequências disso é o povo das periferias, em especial as mulheres e crianças”.
O Coletivo Foque reforça o compromisso com a denúncia das violações aos direitos humanos que atingem de forma sistemática as periferias.
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