Me dizem, vozes que habitam
Pelo Centro da Cidade.
Existir na redondeza
Um rei amante da maldade
Que sentado de seu trono
Quer do mundo ser o dono
Afeito a voracidade.
Tudo que vê pela frente
Seja ou não do seu agrado.
Mira, tenta demolir
Com seu ato atrapalhado.
Ele briga até com o vento
Devido ao temperamento
De um ser descontrolado.
Numa montanha de livros
Ele escala todo dia.
Movido a um combustível
Que lhe deixa em agonia.
Dá um nó em sua mente
Solta o fel de uma serpente
Se veste com a fantasia.
A máscara fica no ponto
Montado de agressor.
Com a latinha na mão
Ligado fica o motor.
Atirando em todo mundo
Se encontrar um moribundo
Pisoteia com terror.
Por toda Cidade Alta
Ele já tem sua fama.
Não deixa ninguém quieto
Pois começa a jogar lama.
O livreiro é conhecido
Por fazer seu alarido
Com seu roteiro de trama.
Sempre faz a confusão
Seja qual for o lugar.
Se a cerveja está quente
Ou devido a um olhar.
Começa com seu berreiro
Pode até ser traiçoeiro
Com barra de aço atacar.
Ninguém mais suporta o homem
Pelos bares da cidade.
Aprontou diversas brigas
Esta nobre majestade.
Por favor ouça o conselho
Não deixe ninguém VERMELHO
Por mais uma atrocidade.
Fui recentemente um alvo
Desse moço virulento.
Dissimulei por seu estado
Estar preso a um tormento,
Encharcado de bebida
Mergulhado nessa vida
O livreiro violento.
Depois do acontecido
Chegou a mim a noticia
De tantos casos bizarros
Fruto de sua malícia.
De desferi os seus ataques
Agora faço os destaques
Quase um jornal de polícia.
Já é do saber de todos
Sua postura, grosseira.
Trata mal os seus clientes
Ofende na bagaceira.
No tom ameaçador
É um vil, provocador
Que mancha qualquer bandeira.
Se achando o Manda Chuva
Importuna todo mundo.
Depois de tomar algumas
Vira um ser do submundo.
Destrata qualquer pessoa
Com ninguém fica na boa
Mergulha na lama fundo.
O Beco da Lama sabe
Que ele açoita a própria sombra.
Perde os trilhos da razão
Qualquer ser vivo ele assombra.
Pisa, machuca o humano
Chama de pilantra o mano
Depois de ficar na lombra.
Um certo dia açoitou
Um poeta da cidade.
Torceu o braço, quebrou
Usando a sua maldade.
Rasgou letras do destino
Mostrou seu lado malino
Um gênio em perversidade.
Xingou no espaço de arte
Um Secretario poeta.
Atirou pra todo lado
O tumulto foi a meta.
Gritou e meteu carreira
Uma confusão Reeira
Fez a lambança completa.
Em outro bar da cidade
Empurrou o velho dono.
Soltou os seus desaforos
Premiou de desabono.
O filho do dono agora
Quando o ver manda embora
Para não perder o sono.
No Bar do Samba da quinta
Ele não é mais bem-vindo.
Quando vai se aproximando
Alguém vai logo intervindo.
Pegue o beco meu senhor
Você faça esse favor
Vai desse espaço sumindo.
Na Praia de Pipa foi
Escrito no lamaçal
De uma Feira Literária
O bruto, feito um chacal.
A soletrou mais um erro
Por isso sofreu desterro.
Pelo ato irracional.
Queria tirar o couro
Por ser, um ser, um cabrito.
Ficou brabo, quis partir
Pra cima dando o seu grito.
Se sentindo o maioral
Da cidade de Natal
Senhor das trevas, maldito.
Com o poeta professor
Também quis tirar a onda.
Mas a enxurrada do mar
Veio forte, bem redonda.
Deixou bem no seu lugar
Sua base a balançar
No beco pegou a ronda.
Uma Bibada nos peitos
No bar que toca o sino.
Caiu sentado de jeito
No canto o rato ladino.
Bar dá-los cartão vermelho
Recebeu o tal pentelho
Pelo o seu ato traquino.
Um dia um livro sumiu
Era sobre Caicó.
A amizade com o amigo
Na confusão deu um nó.
O rapaz foi acusado
De tê-lo surrupiado
Quase cai no xilindró.
Carlança tocou do céu
Enviando o seu recado.
Ter presenciado um dia
O livreiro malcriado.
Acusar alguém de gangue
Deixou a moça sem sangue
No porão ficou guardado.
São aqui fatos narrados
Baseado no real.
Passo a passo recolhidos
Na cidade de Natal.
Depois do vídeo gravado
Do livreiro alcoolizado
O fim não chega ao final.
Minha gente no cordel
Chamei a sua atenção.
Do que vem acontecendo
Sobre a violação
De um livreiro analfabeto
Que do mal é arquiteto
Faz da briga o seu brasão.
Não podemos aceitar
A postura do livreiro.
Obcecado e tirano
Com seu ato maloqueiro.
É hora de dar um basta
A sua ação tão nefasta
Semelhante a um desordeiro.
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