“O Brasil é realmente muito luxuoso. O serviço é que é péssimo.”

O livre-pensar de Millôr Fernandes ilustra bem a real do serviço público brasileiro.

Cada greve do funcionalismo público federal, estadual, municipal, evidencia bem a grave situação da educação, da saúde, do transporte, enfim, o caos enfrentado pela população de um país que distribui luxo para banqueiros e miséria para o seu povo.

A impressão é que a cada eleição o voto de cabresto faz do eleitor presa fácil para fazer valer toda a politicagem que envergonha o país do Pau Brasil. Os chamados “currais eleitorais” continuam alimentando governos insensíveis e sendo festejados por uma minoria que se lambuza com os banquetes palacianos em meio à fome de poder.

A corrupção administrada pelo Congresso Nacional, muitas vezes com a conivência do governo, dispara seu ódio e sua maldade contra um povo que tem como ambição igualdade e justiça social.

Será que essa cambada responsável por tanta canalhice com o dinheiro público não se manca de toda a patifaria que pratica com a verba do posto de saúde e da escola pública? Mas politicalha é assim mesmo.

E aí… até quando a periferia do país vai ficar na pior?

Falta terminar a reforma da escola que nunca fica pronta, faltam gazes e esparadrapos nos hospitais, transporte público de qualidade, enfim, falta dinheiro porque a verba pública foi desviada para pagar dívida de agiotagem dos bancos.

Enquanto isso, para fazer essa matéria a nossa imprensa livre precisou pagar a conta de luz, da internet, do telefone, do transporte, da fonte do computador que queimou e teve que fazer uma vaquinha para comprar outra, porque uma tal direção sindical, também, resolveu cortar a contribuição mensal de R$ 300 que ajudava a manter o nosso jornalismo independente.

“Uma esmolinha pelo amor de Deus!”

Assim como a mídia ativista que cumpre um papel fundamental, especialmente nos tempos de hoje, até quando serviços públicos como saúde e educação vão ter que ficar com a cuia na mão pedindo esmola para se manterem de pé?

Falta dinheiro, mas o que não pode faltar é a consciência e a solidariedade para “avançar de mão mão dada com quem vai no mesmo rumo”, como dizia o poeta Thiago de Mello. Resta fazer deste manifesto a luta que não se consente esperar.

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