
Nesta quinta-feira (06/2) a capital potiguar enfrentou fortes chuvas desde a madrugada, resultando em diversos transtornos pela cidade.
Além de ruas e avenidas alagadas, há registros de crateras e queda de árvore, deixando um rastro da calamidade que se repete a cada chuva. Um problema crônico enfrentado pelo povo natalense, como o alagamento na rua Antônio Freire de Lemos, localizada no bairro Planalto, que sempre deixa os moradores ilhados.
Assim é Natal, que sempre em época de chuva fica refém do “perigo por risco de danos em edificações, corte de energia elétrica, queda de árvores, descargas elétricas, alagamentos, enxurradas e grandes transtornos no transporte rodoviário”, como aponta o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
São tragédias anunciadas. E não é a chuva que causa toda essa calamidade. O que faz alagar é sufocar córregos e rios, é jogar lixo em bueiro, é rua sem calçamento, sem esgoto público, a falta de estrutura social que joga gente para sobreviver à beira do abismo e da miséria. Então, colocar a culpa na chuva é uma dissimulação para continuar abusando do planeta ou fugir da responsabilidade como gestor da cidade.
As fortes chuvas que caíram sobre a cidade nas últimas 12 horas, teve um acúmulo de água superior a 90 milímetros, segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden). Na medição pluviométrica, cada milímetro de água significa um litro por metro quadrado. Ou seja, na região medida, a chuva acumulou cerca de 90 litros de água por metro quadrado.
O prefeito de Natal, Paulinho Freire, acaba de completar um mês no novo emprego e precisa acordar para a Lei Federal nº 14.750/2023, que prevê ações de monitoramento e prevenção a desastres climáticos, como as fortes chuvas. A lei trata de aumentar a segurança na cidade e a proteção da população através de articulação com a União e os Estados por meio de medidas de prevenção adotadas previamente. Além de protocolos emergenciais para ações rápidas em caso de desastres e riscos iminentes.
Ainda de acordo com a lei, é obrigação dos prefeitos implementar e fiscalizar ações climáticas de forma contínua, buscando a segurança da população com foco nas áreas vulneráveis e de alto risco.
Diante das constantes chuvas, o Corpo de Bombeiros faz um alerta à população para prevenir acidentes e danos materiais. Entre as recomendações estão:
- Evitar estacionar veículos sob árvores ou estruturas que possam ceder.
- Reduzir a velocidade ao dirigir sob chuva e manter distância segura dos outros veículos.
- Não tentar atravessar ruas alagadas, seja a pé ou de carro.
- Observar sinais de risco em árvores próximas à residência, como inclinação excessiva, rachaduras ou galhos quebrados.
O CBMRN reforça que está disponível para emergências pelo telefone 193 e segue monitorando situações de risco relacionadas ao período chuvoso na capital potiguar.