Marco Temporal alastra seu pavio de pólvora contra territórios indígenas

Fotografia: Maiara Dourado/Cimi

Mais de 40 lideranças indígenas do estado do Mato Grosso participaram na manhã desta terça -feira (06/8) da reunião com a diretora de proteção territorial da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Maria Janete Albuquerque de Carvalho.

Na ocasião, representantes de 12 povos indígenas cobraram a regularização fundiária de suas terras e denunciaram a violência de grupos ruralistas contra os povos Guarani Kaiowá da TI Panambi Lagoa Rica, no Mato Grosso do Sul, devido a lentidão nos processos de demarcação.

Enquanto isso, em todas as regiões brasileiras os povos indígenas se mobilizam para dizer não ao Marco Temporal e cobrar demarcação já! As manifestações se intensificam ainda mais diante diante das tentativas do Supremo Tribunal Federal (STF) em negociar os direitos dos povos originários por meio da câmara de conciliação, que teve início na tarde desta segunda-feira (05/8). Tudo isso acontecendo em meio às balas dos capangas de ruralistas contra os povos Guaraní e Kaiowa, Kurupa Yty e Pikyxyin.

A desembargadora federal Audrey Gasparini, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), suspendeu a reintegração de posse de Guaaroka, área retomada por indígenas do povo Guarani Kaiowá em Douradina (MS). A decisão saiu na tarde desta segunda-feira (5), depois de dois ataques de fazendeiros que deixou 11 indígenas feridos, dois deles em situação grave com tiros na cabeça e pescoço.

A liminar de despejo que foi derrubada tinha sido assinada pelo juiz federal Rubens Petrucci Junior, da 1ª Vara Federal de Dourados. Esse é o reflexo do tal Marco Temporal, que dá fogo a fazendeiro para matar o povo indígena e tomar seu território ancestral.

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