
O economista Gabriel Galípolo foi indicado na tarde desta quarta-feira (28/8) para comandar o Banco Central do Brasil. Se aprovado, a partir do dia 1º de janeiro de 2025 substituirá Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
Lula queria que Galípolo fosse sabatinado entre os dias 17 e 18 de setembro, mas a base aliada achou difícil conseguir esta data, pois há pendências que impedem um acontecimento de tamanha responsabilidade e repercussão.
O que pode impedir a sabatina para setembro depende muito da questão entre os parlamentares e o planalto sobre o congelamento das emendas que tem dado dor de cabeça para o presidente Lula. Bem como o envolvimento dos parlamentares em campanhas municipais, ou seja, tudo indica que a sabatina de Galípolo só seja efetivada depois das eleições de outubro.
Galípolo, atualmente, exerce o cargo de diretor de Política Monetária do Banco Central. Se for aprovado, será o presidente do Banco Central entre 2025 e 2028. Tendo a responsabilidade de equilibrar a taxa de juros e a inflação no país. O economista é bem-visto pelos senadores, tendo se aproximado do presidente Lula em uma live e tem boa articulação política entre os parlamentares do Senado e do Congresso.
Seu nome já era esperado pelo mercado brasileiro não causando surpresa no meio onde é visto como um nome bom e necessário ao Banco Central, que espera um trabalho ético e sem agradecimentos políticos ao presidente. Galípolo demonstrou durante toda a sua carreira um bom conhecimento sobre a economia nacional e internacional. Espera-se que ele possa trabalhar com o interesse no desenvolvimento do país, caso em que participou da PEC da transição junto à equipe do ministro da economia Fernando Hadad e conhece bem os problemas da nossa economia.
Aos 42 anos, Gabriel Muricca Galípolo é formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política pela Pontífica Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), além de pós-graduação em política econômica também pela PUC-SP. Em seu currículo consta a fundação, em 2009, da Galípolo Consultoria da qual foi sócio-diretor até 2022. Entre 2017 e 2021 foi presidente do Banco Fator. Também foi professor durante um período da sua vida, é torcedor do Palmeiras e gosta de literatura.
Lula espera que Galípolo trabalhe sem maldade, fazendo uma referência a Roberto Campos Neto que parecia não dar voz aos pedidos do presidente e tomava decisões conforme lhe erão úteis e satisfatórias. O mercado e os brasileiros torcem para que Galípolo possa retomar a economia do país com redução das taxas de juros e controle da inflação.