
Os indígenas faziam a canoa monóxila, mas na Carta Pero Vaz chamou-a de almadia. No Tupi antigo é ygara. Feita de um único tronco escavado e esculpido até ter a capacidade de flutuar e deslisar n’água.
Na seca de 1990, quando a lagoa de Itijuru (Extremoz) secou, encontraram quatro canoas, duas foram estudadas na UFPE, essa está no Museu Câmara Cascudo da UFRN. O resultado da técnica de carbono correspondeu a 1290~1320 e 1350~1385 DC, as outras estão na Fundação Aldeia de Guajuru. Elas possuem banco na popa para assento e ajuda para navegação, também tem escada no piso que servia para fixação dos pés.
Essas, e a vista na tela de Frans Post, tem uma simbiose tecnológica dos nativos com a experiência náutica dos europeus. Era utilizada para combate, pesca, transporte de pessoas e materiais em águas calmas.
// Confira edição completa do Jornal Marandu:
Marandu102_109