Heloisa Teixeira entre “Rebeldes e Marginais”

Capa do livro que celebra os 80 anos de Heloisa Teixeira [1979], por muito tempo conhecida como Heloisa Buarque de Holanda

Heloísa Teixeira, brava escritora imortal da Academia Brasileira de Letras [ABL], se encantou nesta sexta-feira [28/03]. Uma passagem que lembra a frase dita por Guimarães Rosa durante a sua posse na ABL, em 1967 – “O mundo é mágico: as pessoas não morrem, ficam encantadas… a gente morre é para provar que viveu”.

No ano que marca os 60 anos do golpe militar, a obra de Heloisa Teixeira tem uma importância essencial ao falar de rebeldes e marginais da cultura nos anos de chumbo [1960-1970]. Poesia marginal, cinema fora da lei, o partido alto da mpb, o teatro que vai à luta, a imprensa alternativa como exercício da liberdade…

Heloisa Teixeira nasceu em Ribeirão Preto [26 de julho de 1939] e fez sua primeira tatuagem aos 79 anos. Uma vida de resistência que estudou a fundo a produção cultural do país Brasil sob os “olhos de raios X” e o faro de “doberman” da ditadura militar e da censura.

Em 2024, a imortal Heloisa inaugurou a Universidade das Quebradas [um programa de extensão na Universidade Federal do Rio de Janeiro] com a tarefa de formar escritores a partir de uma discussão sobre Machado de Assis negro. Como bem disse o escritor indígena Ailton Krenak, “bela e brava colega Heloisa Teixeira, com palavras que abrem caminhos e animam as lutas por igualdade dos povos das bordas e periferias”.

Enfim, Heloisa, a sua paixão pela cultura e pela luta das mulheres seguirá através da obra ousada e corajosa, um patrimônio cultural repleto de vozes rebeldes e marginais que ficará, para sempre, entre nós.

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