Grito dos Excluídos: “Todas as formas de vida importam! Mas quem se importa?”

Neste sete de setembro, ao contrário dos pomposos desfilies militares que lembram reinados e ditaduras, o tradicional Grito dos Excluídos cumpre a tarefa de protestar todas as chacinas históricas contra o povo brasileiro há mais de cinco séculos.

“Todas as formas de vida importam! Mas quem se importa?”, esta é a palavra de ordem que expressa o Grito dos Excluídos em mais um ano de resistência e muita mobilização, colocando em debate a cruel realidade enfrentada pelo povo e sua luta em defesa da vida.

Organizado por pastorais da Igreja Católica junto às mais diversas manifestações dos movimentos sociais desde 1994, o Grito dos Excluídos reafirma a cada ano a luta por uma real Independência do Brasil”. Com igualdade e justiça social que garantam direitos fundamentais, como educação, saúde, aposentadoria e vida decente. Somente na luta é que a brava gente brasileira haverá de ver raiar a liberdade no horizonte do Brasil.

Na opinião do professor e historiador Luciano Capistrano, “ao celebrar o 7 de setembro, o dia da Independência do Brasil, para além das comemorações, uma teia de reflexões sobre a construção da nação brasileira tem de ser posta na pauta de data tão importante para o sentido de brasilidade”. Ele aponta como exemplo de fortalecimento da identidade nacional, a “Campanha de Pé no Chão Também se Aprende a Ler”, projeto de educação desenvolvido durante a administração do Prefeito Djalma Maranhão na capital potiguar.

“Ao celebrar o dia da Independência, pensemos sobre o Brasil e sua formação. Afinal, a Independência não cabe em uma data e nem em coração de uma monarquia que teimou em manter privilégios de uma sociedade escravocrata/patriarcal”, completa o historiador.