Greve na educação enfrenta descaso do governo Lula

Fotografia: Assessoria do Sintest/RN

Governo federal se nega a negociar reajuste salarial para 2024.

Na manhã desta quarta-feira (15/5), o Comando Local de Greve e o Sintest/RN (Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação no Ensino Superior) realizaram uma Assembleia Ato em frente ao Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL). Mais uma atividade de rua para chamar a atenção da população para a importância da educação pública federal e pela valorização do funcionalismo. Em seguida, foi realizada uma caminhada até a Maternidade Escola Januário Cicco.

A greve nas universidades e institutos federais segue mobilizando categorias por todo o Brasil, demonstrando disposição de luta de um setor do funcionalismo público que é responsável pela educação de milhões de estudantes no país inteiro.

Lembrando que nas instituições de ensino superior, o movimento grevista começou no dia 11 de março passado, totalizando até o momento 51 universidades federais de um total de 53 no país. Enquanto que nos institutos federais a greve iniciada no dia 3 de abril já paralisou 550 campus de 39 unidades, a exemplo do IFRN, além de duas unidades do Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica) e o Colégio Pedro II.

Mesmo assim, o governo continua dando as costas para as principais reivindicações da pauta entregue pelo comando de greve, como reajuste salarial já em 2024, recomposição do Orçamento da Educação Federal e revogação de medidas prejudiciais impostas goela abaixo pelos governos Temer e Bolsonaro.

A proposta apresentada pelo governo inclui apenas o reajuste de 9%, a partir de janeiro de 2025, além de 3,5% em 2026. Índices avaliados pelas categorias como insuficientes diante das perdas acumuladas, que chegam até 50%. Em relação aos Planos de Carreira também não houve nenhum avanço significativo, segundo as entidades sindicais, motivo que levou essas propostas serem rejeitadas pela ampla maioria das assembleias das categorias.

A expectativa do movimento é que a força da luta sirva de pressão na Mesa de Negociação com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. A previsão é que no dia 21 de maio, caravanas de todos os estados ocupem Brasília para mostrar a união que tem fortalecido cada vez mais a greve em defesa do funcionalismo e do serviço público.

Enquanto isso, o governo segue à risca o pagamento da Dívida Pública que só beneficia banqueiros e especuladores, tudo à custa do sucateamento das universidades e dos institutos federais, instituições que se mantêm firmes por força do trabalho árduo de trabalhadoras e trabalhadores que enfrentam perdas salariais históricas.

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