Às vésperas de uma eleição marcada pelo ódio bolsonarista, “não basta não ser racista, é necessário ser antirracista”, como bem disse a filósofa e ativista Ângela Davis.
Esse é mais um alerta em meio às ações do governo Bolsonaro, que em plena campanha eleitoral reafirma sua política que vai na contramão da igualdade racial, contrariando a maioria da população brasileira. São estratégias que tentam impedir ações afirmativas já conquistadas e o avanço da luta contra o racismo. A exemplo da nomeação de Sérgio Camargo para a presidência da Fundação Palmares, que além de negar a existência de racismo no Brasil jogou na lata de lixo a história do povo negro. Medidas praticadas por um governo que só fez estimular ainda mais a onda racista no país.
Em meio a tantos ataques de ódio bolsonarista, as populações negras continuam levantando a bandeira da igualdade. Vale lembrar que a injúria racial é tratada como crime de racismo, inafiançável e imprescritível. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou medidas afirmativas que reduzem desigualdades entre negros e brancos nas campanhas eleitorais, como uma maior participação de candidaturas de pretos e pardos por meio da distribuição proporcional de recursos financeiros de campanha e tempo de publicidade.
Apesar de Bolsonaro, as cotas estão entre as políticas sociais antirracistas que favorecem estudantes pretos, pardos e indígenas. Essa é uma das tantas lições que devem ser levadas em conta nestas eleições. Afinal, “quem aceita o mal sem protestar, coopera com ele”, como afirmou Martin Luther King.
“O pessoal da orientação sexual não vai retroceder em suas lutas, as mulheres não vão recuar nas suas agendas; nós não vamos voltar para a senzala. E isso está colocado. Vai ter luta!”, afirma Sueli Carneiro, uma das vozes mais potentes do movimento negro brasileiro.
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