A educação ambiental no Rio Grande do Norte se prepara para voltar a navegar pelo Rio Potengi através do Barco Escola Chama Maré.
O projeto executado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), em parceria com a Fundação para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação do RN (Funcitern) terá investimento de R$ 18,7 milhões com a reestruturação da embarcação Chama-Maré, além de equipamentos, combustível, taxas, manutenção e a contratação da tripulação, coordenadores e monitores-bolsistas.
“O barco escola, como o próprio nome já diz, torna-se esse instrumento para desenvolver junto aos nossos estudantes a consciência ambiental, promover a educação e cuidar dos nossos ecossistemas”, afirmou a governadora Fátima Bezerra ao comentar o investimento nesse projeto “que diz respeito à questão das mudanças climáticas”.
Segundo o diretor-geral do Idema, Werner Farkatt, o valor investido atenderá as atividades do Barco Escola para os próximos cinco anos, quando serão adquiridas duas novas embarcações, que estenderá ao interior do Estado o projeto que passa a ter um novo nome: Projeto Barco Escola RN.
“Nossa meta é que o barco escola chegue a todas as regiões do Estado, ampliando a conscientização sobre a importância da preservação dos nossos estuários”, destacou Werner Farkatt. Ele reforçou que a expansão territorial do projeto tem potencial de impactar positivamente a relação das populações do interior com os seus rios. “A interiorização consolida a educação ambiental como uma política pública estruturante e permanente, com impacto direto na formação de uma cultura de sustentabilidade em todo o estado”, avaliou o representante do Idema.
Atividades de ensino
O objetivo do Chama-Maré é levar educação ambiental para estudantes da rede pública, além de atender professores, lideranças comunitárias, técnicos ambientais e agentes públicos. A ideia é navegar de vento em popa com aulas de ecologia, biologia, geografia, história e meio ambiente.
Educadores ambientais conduzem os passeios com aulas flutuantes sobre a importância da preservação dos rios e o papel da população na manutenção desses ecossistemas. As atividades do barco ocorrem a bordo de um catamarã que parte do Iate Clube de Natal. Durante o trajeto, com duração de quase duas horas, os participantes percorrem o Rio Potengi e visitam pontos históricos da capital potiguar, como a Fortaleza dos Reis Magos, o Cemitério dos Ingleses e a Base Naval.
A partir de 2026, o barco escola será expandido para outras regiões. O objetivo é levar a mesma experiência pedagógica atualmente oferecida no Potengi a outros rios potiguares. Os primeiros a integrar o novo percurso serão o Piranhas-Açu, Apodi-Mossoró, Tubarão e Aratuá. Cidades como Areia Branca, Grossos, Macau, Guamaré e Galinhos estão entre as localidades que receberão o barco escola nos próximos anos.
Na opinião da professora Cicília Maia, reitora da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), a proposta de interiorização vai contribuir para descentralizar as ações de educação ambiental e ampliar o acesso das populações interioranas ao conhecimento sobre os ecossistemas locais. “Tenho certeza de que estamos abrindo novas portas para que o projeto possa conscientizar cada vez mais a criançada, a juventude e também as pessoas que queiram ter um contato melhor com os nossos ecossistemas, com a fauna, com a flora”, disse.
✅ Projeto gratuito para estudantes da rede pública
🧍♀️ Acessibilidade garantida
👥 Até 60 pessoas por passeio
📅 Funcionamento: Terça a sábado
📲 Agendamento com no mínimo 72h de antecedência
📌 Traga sua escola, turma ou comunidade e embarque nessa experiência.
+INFORMAÇÕES: projetobarcoescolarn.org
