
1ª Turma do Supremo Tribunal Federal torna o ex-presidente Jair Bolsonaro réu por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes, cometidos por ele e mais sete pessoas, incluindo quatro oficiais-generais das Forças Armadas.
Pela primeira vez na história civis e militares são responsabilizados por atos golpistas numa República cercada de golpes de Estado desde o seu nascimento. Agora, os réus e seus advogados terão oportunidade de examinar os detalhes das provas reunidas, contestar as acusações e apresentar as suas versões dos fatos.
Assim como a boiada que pisoteou Brasília em 8 de janeiro de 2023 foi condenada a penas de até 17 anos, o sol deve nascer quadrado por um longo período, também, para Bolsonaro e demais comandantes do rebanho golpista. Sem Anistia.
No caso dos que foram incluídos no “Núcleo 2”, a denúncia será analisada em 29 e 30 de abril. Fazem parte desse grupo ex-assessores da Presidência da República, policiais e militares, incluindo o general da reserva Mário Fernandes e o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques.
Já os acusados de integrar o chamado “Núcleo 3” terão a denúncia analisada em sessões reservadas para 20 e 21 de maio. Compõem o grupo militares da ativa e da reserva do Exército e um policial federal.
O STF ainda marcou para 6 de maio análise da denúncia do quarto grupo de acusados de tentativa de golpe. São sete denunciados pela PGR: Ailton Gonçalves Moraes Barros (major reformado do Exército), Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército), Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal), Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército), Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército), Marcelo Araújo Bormevet (agente da Polícia Federal) e Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército).