
A cultura potiguar arma mais um palco da resistência para reforçar a luta urgente pela criação da Secretaria de Cultura (Secult/RN).
“Atiçar as brasas, ventar as flâmulas, aterrar as sementes, aguar as emoções e ativar nossas #arteações aprontadas para o Mundo! EVOÉ! EVOÉ! LAROYÊ!”, desembucha a multiartista Civone Medeiros. Assim, a força da militância artística reafirma o grito da poesia, do teatro, do cinema, da dança, das artes visuais, da fotografia, do circo, enfim, dessa teia que alimenta toda uma rede de economia criativa.
Nessa toada, a política cultural no Rio Grande do Norte precisa ser regida por uma Secretaria de Cultura capaz de fomentar as artes em nosso estado. Tal projeto será votado na Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16/7). Na opinião da secretária extraordinária de Cultura, Mary Land Brito, a cultura é um direito humano que deve ser garantido. “Assim, a nova pasta será o instrumento do Governo do Estado para garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura, apoiar e incentivar a valorização e a difusão das manifestações culturais”.
A Fundação José Augusto avalia que “o projeto da Secult/RN assegura uma instituição focada na implementação de políticas públicas com melhor planejamento e articulação, que dará rumos propositivos à cultura do RN”. Tendo como objetivo a elaboração de instrumentos legais de financiamento e fomento das atividades artísticas e culturais.
“A criação de uma Secretaria de Cultura para o Rio Grande do Norte, mais que um compromisso de campanha da governadora Fátima, é uma necessidade institucional de efetivação de políticas públicas, captação de recursos federais e de impulsionamento de nossa Economia Criativa, que deve estar atrelada à nossa vocação turística, mas também de preservação de nossa história”, afirma Henrique José, fotógrafo e artista visual, membro do Grupo de Trabalho sobre a Fototeca Potiguar.
Sergipe e Rio Grande do Norte são os únicos estados da região Nordeste que não contam com uma Secretaria de Cultura. “Atualmente, não ter uma Secretaria de Cultura equivale a não ter uma Secretaria de Saúde ou Educação. É urgente a sua criação e atuação em políticas públicas, pois isso é estratégico para qualquer estado ou município e seus ganhos e benefícios à sociedade e sua economia são imensos”, diz Pedro Fiuza, diretor, roteirista e produtor potiguar.
Atriz, diretora e roteirista potiguar, Alice Carvalho pensa que “reconhecer a cultura como pilar fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade é primordial e um grande avanço”. Para a artista, “esta iniciativa não apenas consolida nosso compromisso com a arte e a história de nosso estado, mas também representa um investimento no futuro de novos artistas com a continuidade e implementação de novas políticas públicas culturais”.

Se Liga na mobilização em legítima defesa da cultura.
Nesta terça-feira, 16 de julho, bora lutar junto em defesa da nossa Secretaria de Cultura com muita arte. Vai lá, às 9h, na Assembleia Legislativa do RN.