Cinema e bate-papo: “Preservar a memória: O Mercado é vida, é povo”

De um lado a eterna memória de mercados e feiras que alimentam a cidade e de outro a identidade em risco.

Fotografias: Rogério Marques / Coletivo Foque

Num sábado memorável (22/6) o Coletivo Foque se transformou em mais um lugar de fala para compartilhar vivências. Para isso, contou com o auxílio luxuoso do folclorista Gutenberg Costa, que depois da costumeira “feiraterapia” em São José de Mipibu partiu para um bate-papo no Mercado Cultural de Petrópolis na capital potiguar. “Começando as homenagens às minhas 65 eras falando sobre os mercados e feiras do meu tempo, dos anos 60 até os dias atuais de minha Natal amada e idolatrada”, desembucha Gutenberg.

Ao resistir ao apagamento do patrimônio cultural da cidade, Gutenberg Costa une sua voz e seu ofício de folclorista para descrever arquivos do passado e preservar a memória em risco. Assim como fez nesta manhã cercada de tantas reflexões sobre outros tempos em que as emoções e os risos eram fartos.

Logo após o filme que exibiu o seu bate-papo com o Coletivo Foque, o folclorista sai da tela para uma roda de conversa de corpo e alma com professores, escritores, cineastas, sebistas e memorialistas. Uma celebração dos mercados públicos e das feiras, identidades de um país que também assiste ao apagamento dos cinemas de rua que desapareceram em massa.

Quem perdeu o bonde da história com medo da chuva, pode conferir o filme produzido pelo Coletivo Foque que retrata a diversidade dos mercados e feiras de Natal.