Chega de violência policial nas batalhas de MCs do RN

Um audiência ocorrida nesta segunda-feira (28/8) na Governadoria reuniu Secretaria de Segurança Pública, comando do 4º Batalhão da Polícia Militar, Corregedoria Geral, Ouvidoria da Segurança Pública, Cooperativa de Batalhas e a Batalha Clandestina para tratar sobre violência policial durante batalha de MCs no último sábado na Zona Norte de Natal.

As secretarias das Mulheres, da Juventude, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, além da Secretaria Extraordinária de Cultura também participaram da reunião. Em nota, a Subsecretaria da Juventude do Governo do Estado informou que “foi aberto processo para apuração e responsabilização” de agentes envolvidos nesse caso.
Assim como em todo o Brasil, a repressão contra o povo negro e periférico tem sido uma prática rotineira da Política Militar no Rio Grande do Norte. São atos de violência policial que precisam de um basta. Por isso mesmo, entre os encaminhamentos aprovados no encontro do Governo do Estado com o Movimento de Batalhas MCs estão: Apuração imediata e punição dos policiais que praticaram tal abuso de autoridade durante a Batalha Clandestina, além de garantir a segurança de vítimas e testemunhas; Nota Técnica sobre procedimentos da PM/RN em relação às batalhas, como forma objetivo de assegurar o devido respeito à cultura popular e aos direitos humanos; Além da publicação de uma cartilha com o objetivo de orientar tais abordagens policiais.
Apesar da repressão a Batalha Clandestina continua numa demonstração de resistência dos movimentos culturais e da juventude negra contra o racismo e a violência policial. Enquanto o Estado investe pesado em fuzis, investimentos em política cultural e educação pública de qualidade para a juventude ainda são minguados.

Confira a Nota de Repúdio publicada pelo Movimento de MCs

Chega de violência policial nas batalhas de MCs do RN

Está acontecendo o Duelo Nacional de Mc’s, maior competição de freestyle do Brasil que envolve sonhos de milhares de artistas. Aqui no RN, estamos vivendo esse processo e no dia 26/08/2023, na 4ª pré-seletiva do estado sediada pela Batalha Clandestina (Zona Norte de Natal), o evento foi interrompido por violência policial.
Com uma programação diversa de muito Hip Hop, um público que continha jovens, crianças e mulheres – inclusive grávidas, o evento estava sendo transmitido ao vivo do começo ao fim nas redes sociais. Mas foi interrompido pela abordagem da polícia militar, que não se conteve em fazer seu trabalho e partiu, de forma totalmente arbitrária e autoritária, para agressão contra um companheiro artista que, nessa noite, se apresentou com um pocket show de Rap.
A polícia chegou às 22h30 no local revistando quem estava presente quando estava acontecendo a 2ª fase da batalha. A organização parou o evento, pois eles queriam saber a quem pertencia uma mochila e ninguém sabia, o policial totalmente autoritário passou a perguntar uma jovem que estava no local para saber sobre a mochila e o artista em questão que aparece no vídeo, diz apenas um “Oxe” e foi o suficiente para eles agredirem o artista com um tapa na cara. Após a agressão ao artista, um policial tentou dialogar e ao ver o DJ gravando mandou parar, puxaram o DJ para um canto afastado, fora do foco da Live e ameaçou o DJ, tirou fotos e fez perguntas abusivas ao mesmo.
Infelizmente, essa é uma realidade corriqueira nas batalhas de Mc’s do RN. Há muito tempo as batalhas sofrem com abuso de autoridade e violência policial. Fora dos nossos “palcos”, a agressão é ainda maior e já não é mais novidade toda a violência e extermínio da juventude preta e periférica que acontece “da ponte pra cá.”
Sabemos que essa luta não começa aqui, nem se encerra hoje. Sobre esse caso, todas as medidas cabíveis já estão sendo tomadas e vamos lutar até o fim para que o policial em questão seja punido pelo crime que cometeu.
CHEGA! #EsseTapaFoiEmMim

 

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