
As dez centrais sindicais brasileiras lançaram nesta quinta-feira (02/10) uma nota conjunta para denunciar a situação “gravíssima” do sequestro de centenas de ativistas da Flotilha Global Sumud, incluindo 12 brasileiros.
Segundo os organizadores da Flotilha Global Sumud, até o final da manhã desta quinta-feira, foram confirmadas as capturas de 12 membros da delegação brasileira.
– Thiago Ávila (barco Alma)
– Bruno Gilga, Lisiane Proença, Magno Costa, vereadora Mariana Conti e Nicolas Calabrese (barco Sirius)
– Ariadne Telles e Mansur Peixoto (barco Adara)
– Gabriele Tolotti (pres. PSOL-RS) e Mohamad El Kadri (barco The Spectre)
– Lucas Gusmão (barco Yulara)
– Deputada Federal Luizianne Lins (barco Grand Blue)
No entanto, não há informações sobre João Aguiar, que estava no veleiro Mikeno, com último contato às 19h35 (CEST). As câmeras da embarcação foram danificadas e o sinal foi perdido.
– Miguel de Castro, cineasta, estava no barco Catalina e também está incomunicável. Supõe-se que tenha sido interceptado, diante do bloqueio de comunicações promovido pelas forças israelenses.
Em nota, a Global Sumud Flotilha, exigiu que Israel confirme o paradeiro dos brasileiros.
Nesta quinta-feira, familiares de ativistas e representantes da Global Flotilha, juntamente com deputados, reuniram-se com integrantes do governo Lula e do Itamaraty para cobrar a intervenção pela libertação imediata dos ativistas sequestrados e atendimento consular para que todos retornem sem segurança.
A cobrança para que o governo também rompa relações e sancione Israel em razão do genocídio contra o povo palestino também foi colocada.
Neste post você confere um pouco do caminho percorrido pela Flotilha desde 31 de agosto.
Todos os olhos na Flotilha Global Sumud e em Gaza. Vamos intensificar os protestos e exigir a libertação imediata de todos os ativistas sequestrados e o fim do genocídio do povo palestino.
Confira a nota das Centrais Sindicais:
“Nós, das centrais sindicais brasileiras, manifestamos nossa veemente repulsa às ações do Estado de Israel, que oprime, violenta e massacra milhares de inocentes — crianças, idosos, mulheres e homens — de forma indiscriminada.
A mais recente ação criminosa foi a interceptação e o sequestro, em águas internacionais, de ativistas da Flotilha Global Sumud, que buscavam romper o cerco ilegal a Gaza para levar alimentos, medicamentos e outros suprimentos essenciais às vítimas das investidas do governo de Benjamin Netanyahu.
Entre os cerca de 500 ativistas sequestrados de 44 países, encontram-se 12 brasileiros, que corajosamente se lançaram nesta importante missão humanitária.
A situação é gravíssima. O genocídio explícito em Gaza horroriza e envergonha a humanidade. A opinião pública mundial se mostra cada vez mais revoltada diante das ações covardes e desproporcionais do governo de Israel contra o povo palestino.
Diante disso:
Conclamamos nossas organizações sindicais e populares a promover manifestações e protestos em todo o país, exigindo a imediata e incondicional libertação dos sequestrados.
Conclamamos também o governo brasileiro a tomar medidas para proteger a vida dos brasileiros envolvidos e romper relações com o Estado de Israel.
Pare o genocídio em Gaza! Cessar fogo já!
São Paulo, 2 de outubro de 2025
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Moacyr Tesch Auersvald, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central dos Sindicatos Brasileiros)
Nilza Pereira, secretária-geral da Intersindical
José Gozze, presidente da Pública
Luis Carlos Prates (Mancha), executiva da CSP-Conlutas
Emanuel Melato, Coordenador da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora”