Carnaval celebra a democracia na prática

Fotografia: Rogério Marques

Seja Cão, Banda do Siri, Baiacu na Vara, Kenga, Cordel Folia, Escola de Samba, Tribo de Índio, Papangu, Boneco e Boneca gigante, Mela-Mela, o carnaval tem na sua essência a fantasia coletiva, da lama ao abadá. Uma festa popular carregada de influências e tradições que reúne os mais variados ritmos, das marchinhas tradicionais ao frevo ao samba enredo ao batuque do Pau e Lata.

Na Avenida girando, estandarte na mão pra anunciar

Ano a ano, festa e luta celebram a democracia na prática, tendo o estandarte como bandeira da resistência em meio às adversidades da vida. Desde os primeiros desfiles carnavalescos, nos anos 1930, as escolas de samba mantêm a tradição de levar para a avenida suas alegorias carregadas de memória e lugar de fala. Nos anos 1980, o bloco Os Bruxos levou para a avenida do carnaval em Macau (RN) “certezas e esperanças pra trocar por dores e tristezas”, tendo como enredo o canto de Geraldo Vandré.

Neste carnaval de 2025, o bloco Turma do Boneco estampa no seu abadá o tema Insurreição de 1935, fazendo da folia um batuque dos direitos humanos que se junta aos foliões com o Hino da ANL (Aliança Nacional Libertadora) em ritmo carnavalesco, além de quatro bonecos e bonecas gigantes que homenageiam o sapateiro José Praxedes, Amélia Reginaldo, Giocondo Dias e Leonila Félix, lideranças da Insurreição Comunista de 1935 no Rio Grande do Norte.

Por trás de toda essa folia, vulgo carnaval, está uma cadeia produtiva cultural que precisa ser valorizada e reconhecida pela arte de manter viva essa grandiosa festa popular.

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