Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil denuncia que durante o ano de 2022 ocorreram 273 mortes LGBT de forma violenta no país. Foram 228 assassinatos, 30 suicídios e 15 outras causas. Travestis, mulheres trans e gays, entre 20 e 39 anos, estão entre os principais alvos da LGBTIfobia no país.
Segundo o Dossiê de Mortes e Violências Contra LGBTI+ no Brasil, lançado no último mês de maio, a população de travestis e mulheres trans representou 58,24% do total de mortes (159); os gays representaram 35,16% dos casos (96); homens trans e pessoas transmasculinas 2,93% dos casos (oito mortes); mulheres lésbicas correspondem a 2,93% das mortes (oito casos); pessoas bissexuais representam 0,37% (uma morte); e as pessoas identificadas como outros segmentos correspondem a 0,37%, também com uma morte.
O Ceará lidera essa triste estatista da violência LGBTfóbica com 34 mortes; seguido por São Paulo, com 28 mortes; e Pernambuco, com 19 mortes. O Dossiê denuncia, também, a omissão do Estado brasileiro em reconhecer a LGBTIfobia como qualificador e agravante nos casos de crimes de ódio contra a população LGBTI+. Diante desse contexto, o Observatório recomenda políticas públicas com o objetivo de combater todas as formas de violência.
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“O Brasil se constitui como um país extremamente inseguro para pessoas LGBTI+ , como podemos observar tanto nessa figura indicando uma tendência de crescimento no número de mortes violentas nas últimas duas décadas”, aponta o Observatório de Mortes e Violências contra LGBTI+. Denuncia, ainda, a morte de 5.635 pessoas entre 2000 e 2022 “em função do preconceito e da intolerância de parte da população e devido ao descaso das autoridades responsáveis pela efetivação de políticas públicas capazes de conter os casos de violência”.
Os dados parciais de 2023, entre os meses de janeiro e abril, totalizam 80 mortes.
“A nossa luta é constante, já conquistamos muita coisa, mas anda temos muito a conquistar por que vivemos numa sociedade racista, machista, homofóbica. Os preconceitos ainda existem, porém, estamos aí na luta brigando pelos nossos direitos e para ter a nossa representatividade nessa sociedade de classes”, declarou a historiadora e professora Aluízia Freire.
Em tom de desabafo o professor Dedé Costa, que já representou a comunidade LGBT+ no Rio Grande do Norte quando presidiu o Grupo Habeas Corpus Potiguar (Ghap), afirmou: “Essas datas me deixam deprimido. Vem à minha mente nomes, fatos e acontecimentos que me deixam triste”.
Ao defender políticas públicas para a população LGBTI+, o atual presidente do Ghap, Airton Barbosa, publicou em seu perfil no Instagram que “viver com qualidade precisa ser um direito de todas as pessoas, independente da identidade de gênero e sexual de quem quer que seja”.
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Orgulho LGBT+
28 de junho de 1969 é uma data histórica marcada por uma operação policial no Stonewall Inn, bar gay no bairro de Greenwich Village em Manhattan, Nova York, que reforçou a luta de resistência que se transformou no orgulho LGBTQIA+. Um ativismo que se destaca pelo combate à homofobia, ao racismo, ao machismo que celebras todas as formas de amor.
“Mas se você achar Que eu tô derrotado Saiba que ainda estão rolando os dados Porque o tempo, o tempo não para”
Faça coro com o canto de Cazuza e empodere-se com os serviços, as ferramentas jurídicas e órgãos de apoio à diversidade sexual e de gênero em cada estado.
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