Arapuá: poeta, compositor e cantador de coco

Arapuá é poeta, compositor e cantador de coco. Nascido e criado na Zona Norte, no bairro Lagoa Azul.

Foi iniciado nas artes em 2009, no grupo de teatro do IFRN Campus Zona Norte, dirigido pelo professor Rodrigo Severo. Em 2010, abandonou o curso de programação do Instituto Federal para fazer várias formações no campo artístico, incluindo uma Oficina de Teatro do Oprimido com o coringa Cláudio Rocha, no Complexo Cultural da Zona Norte (UERN). Seguiu sua formação em teatro com a professora Mayse Souto, no IFRN Campus Cidade Alta, onde também entrou no curso de violas caipiras do professor Marcelo Othon.

Participando da Orquestra de Violas Caipiras, começa a ensaiar as primeiras composições dentro dos ritmos populares brasileiros. Em 2011, entrou no grupo Folia de Rua Potiguar, do Mestre Jorge Negão, e lá foi apresentado aos ritmos dos folguedos populares do Rio Grande do Norte, período decisivo para a formação da sua identidade artística, enraizada profundamente na identidade potiguar.

Em 2013, conheceu o artista plástico e pesquisador Aucides de Bezerra Sales e foi instigado a atuar como militante das causas indígenas. Participou de intervenções culturais em vários territórios ancestrais do Rio Grande do Norte, se tornando pesquisador autônomo de idiomas, histórias e culturas indígenas junto ao Grupo de Estudos Nativos Okarusu-Pytã.

Em 2014, iniciou o curso de Pedagogia na UFRN e participou da fundação do Sítio Histórico e Ecológico Gamboa do Jaguaribe.

Em 2015, com o Okarusu-pytã, planejou e executou várias ações de fortalecimento de identidade indígena na comunidade dos Tapuias da Lagoa de Tapará (São Gonçalo do Amarante/Macaíba-RN).

Em 2016, abandonou o curso de Pedagogia para fazer uma viagem de 8 meses de carona pela BR 101, produzindo arte de rua em dueto com a multiartista Raquel Poty.

Em 2017, de volta a Natal, começou a aprofundar sua pesquisa sobre o coco-de-roda do RN com brincantes e mestres de coco da Vila de Ponta Negra (Hannah Iaiá Duarte, Elzo do Coco, Mestre Arraia, Mestre Pedro Piloto, entre outros). Fundou o “Forró de Mêi-de-feira”, dueto instrumental com o percussionista Almir Soares Aratu, depois com Alan Batista e Gerson Canindé, tocando forró de pífano e pandeiro nas feiras livres de Natal.

Em 2018, elaborou e executou com o G.E. Okarusu-pytã o “Projeto Rio Dos Índios”. Um ciclo de seis meses de atividades nas duas escolas da comunidade de Rio dos Índios, distrito de Ceará Mirim, com formações para os professores voltadas à execução da Lei 11.645, além de atividades para as crianças nas duas escolas locais. Culminando com um grande desfile cívico na comunidade em memória de Dom Antônio Felipe Camarão. O projeto foi replicado na semana do folclore da Prefeitura Municipal de Ceará Mirim.

Em 2019, migrou para a cidade do Recife [PE] para fundar, junto com o produtor cultural e pesquisador de cultura popular Bruno Ribeiro, o Côco de Cabôco com musicistas daquela cidade, tendo na sua primeira formação a participação o percussionista Sid Batera, referência da Mata Norte pernambucana. O projeto é interrompido precocemente pela pandemia de Covid-19 e o poeta é forçado retornar à sua cidade natal.

Em 2021, participou do Sarau Velha Terra Nova da produtora indígena Tayo Producções, em parceria com a prefeitura de São Paulo [SP] em evento remoto. Neste mesmo ano fez parte da 1ª Caravana de Indígenas do RN a participar do Acampamento Terra Livre, em Brasília [DF], a maior mobilização do movimento indígena brasileiro organizado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil [Apib].

Em 2022, se apresenta com o Côco de Cabôco no 22º Festival Tipóia: Levantando a Poeira, em Tracunhaém [PE].

Em 2023, “Rede-de-arrasto”, música composta em parceria com a multiartista Rousi Caeté, é classificada para a final do 2º Festival MPB 84, em Natal [RN].

Em 2024, se apresenta no Bloco Folia de Rua Potigar, marcando seu retorno ao grupo do Mestre Jorge Negão, agora como solista de pífano, e estreia na poesia de cordel com o gracejo “O Encontro do Violeiro com o Matador”, que tem capa assinada pelo grande xilogravurista potiguar Jefferson Campos, tendo a primeira tiragem esgotada duas semanas após o lançamento.

[adrotate group="3"]

[adrotate group=”1″]

[adrotate group=”2″]

Mais acessadas