O escritor Ailton Krenak foi eleito nesta quinta-feira (05/10) para a Academia Brasileira de Letras, sendo o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na instituição fundada por Machado de Assis e Rui Barbosa no final do século 19.
Krenak obteve 23 votos entre os acadêmicos, contra 12 de Del Priore e quatro de Munduruku. Mais 12 candidatos concorreram à cadeira número 5, antes ocupada pelo historiador José Murilo de Carvalho, morto em agosto aos 83 anos.
Autor de obras consideradas essenciais para refletir o meio ambiente, “Adiar o Fim do Mundo”, “A Vida Não é Útil” e “Futuro Ancestral” são registros de palestras e textos que reforçam a luta dos povos originários em defesa dos seus territórios ancestrais.
Aos 70 anos, Krenak será a voz do seu povo num espaço privilegiado que passou a ter uma maior representatividade nos últimos anos com eleições como a de Gilberto Gil e Fernanda Montenegro.
Vale lembrar que as únicas pessoas negras na Academia Brasileira de Letras é Gilberto Gil e Domício Proença Filho. Agora, Krenak chega para reforçar a voz da diversidade racial.
Nós utilizamos cookies para garantir que você tenha a melhor experiência em nosso site. Se você continua a usar este site, assumimos que você está satisfeito.Ok