Adeus, Jacqueline Brasil! Símbolo de liberdade e do orgulho LGBTQIA+

Na noite desta terça-feira (24/6), o movimento LGBTQIA+ perdeu um de seus maiores ícones no Rio Grande do Norte.

Jacqueline Brasil viveu e defendeu, com coragem, a liberdade de amar e ser amada por quem quisesse. Mulher trans, ousava se vestir como se reconhecia — com plumas, paetês e autenticidade — muito antes de a sociedade estar minimamente preparada para isso. Ainda na década de 1980, quando muitas pessoas LGBTQIA+ viviam escondidas ou com medo de sair do armário, ela já rompia barreiras e presidia a Associação das Travestis e Homens e Mulheres Transexuais do RN (Atrevida), lutando por igualdade, visibilidade e dignidade.

Foi a primeira mulher trans a ser homenageada por um Centro de Saúde Estadual em Natal. Sempre esteve nas ruas, principalmente no centro da cidade, lugar onde tantas pessoas socialmente excluídas buscam abrigo — foi ali que Jacqueline construiu seu lugar de fala e gritou, com orgulho: “Nosso corpo nos pertence. Eu sou o que sou.”

Ela foi performance, foi presença, foi coragem. Nunca teve medo de mostrar sua cara, suas escolhas, sua verdade.

Adeus, Jacqueline. Que sua trajetória inspire mais pessoas a darem a cara à tapa, a enfrentarem o preconceito e a construírem uma sociedade livre de homofobia.

Viva a liberdade de amar e ser amada, não importa o sexo.


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