Na obra Eichmann em Jerusalém, a filósofa Hannah Arendt, judia nascida na Alemanha nazista de Hitler, propõe que, devido à massificação da sociedade, criou-se uma multidão incapaz de fazer julgamentos morais, razão que explica por que aceitam e cumprem ordens sem questionar. A mesma filósofa criou a teoria da banalidade do mal que é o que temos visto nos últimos tempos com a extrema direita voltando ao poder de várias nações e espalhando ódio e violência pelo mundo inteiro.
Aqui, no Brasil, vivemos essa banalidade do mal há alguns anos e depois da onda Bolsonaro e seus ditos “cristãos” as coisas ficaram mais complicadas, ainda. Se é que temos gente do bem nesta enseada dos caminhos do ex-presidente, ele mesmo planejou matar três pessoas e está sendo julgado por isso.
Agora, vemos os extremistas pedindo a morte do nosso amado papa Francisco, o acusando de comunista e pregando nas redes sociais um ódio excessivo pelo papa com frases as mais horríveis, que vão desde a sua ida para o inferno o mais rápido possível até o quanto antes ele morrer será bom para o mundo. É um ódio talvez pior do que o visto em Eichmann, pois o dele foi o cumprimento de ordens superiores e o de alguns extremistas brasileiros ou não está nas profundezas dos seus corações doentios e corrompidos pelo ódio e maldade humanas.
Rezemos pelo papa Francisco para que recupere a sua saúde e volte a celebrar a paz, o amor e o fim das guerras. Ele que sempre se comportou como um papa que luta pelos pobres e pelas minorias que sofrem abusos, preconceitos e violências todos os dias.
Talvez pela humildade e o amor verdadeiro que o papa Francisco sente pelos pobres seja chamado absurdamente de comunista. Ele que sempre esteve ao lado daqueles que precisavam de cuidados e respeito, hoje sofre num hospital e luta bravamente pela vida. Que possamos orar pela sua saúde e que este dito “comunista” continue resistindo ao ódio e a violência psicológica dos que não sabem o que são os verdadeiros ensinamentos de Jesus Cristo.
Uma passagem muito conhecida da Bíblia Sagrada que fala sobre o amor de Cristo pelos pobres está em Mateus 25:40, onde Jesus diz: “Em verdade vos digo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”
Esta passagem enfatiza a importância de tratar os mais necessitados com amor e compaixão, como se estivéssemos fazendo isso diretamente a Jesus. Ela nos lembra de que o amor de Cristo está presente nas ações de cuidado e serviço aos pobres e aos marginalizados da sociedade. Foi sempre o que fez o papa Francisco e que ele continue fazendo, mesmo num leito de hospital através do seu grande coração, que não vai parar de bater enquanto Jesus Cristo tiver uma missão para ele aqui neste planeta terra de ódio e violência, mas com um pouco de amor entre os verdadeiros cristãos.
