A fotografia engajada perde Sebastião Salgado

3º Fórum Social Mundial (2003), em Porto Alegre (RS). Foto: Rogério Marques

O fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado morreu nesta sexta-feira (23/05), aos 81 anos, em Paris.

Ao percorrer o mundo clicando dramas humanos em preto e branco, Sebastião Salgado expôs o poder da fotografia como narrativa visual.

Autor de imagens que retratam desigualdades sociais em diferentes cantos do mundo, Sebastião Salgado demonstrava engajamento político em causas sociais fundamentais para os direitos humanos. A sua câmera fotográfica era utilizada como um instrumento de denúncia e registro etnográfico. São mulheres, homens e crianças que habitam um mundo onde a pobreza massacra e mata em nome da usura do capitalismo.

A preocupação com a destruição da natureza levou o famoso fotógrafo e sua companheira, Lélia Wanick Salgado, a fundarem o Instituto Terra. O objetivo da ONG é chamar a atenção para os riscos que sofrem o meio ambiente. A pesquisa de Sebastião Salgado é um trabalho minucioso sobre o nosso planeta. A mania de fotografar levou esse homem a transformar um prazeroso hobby em ferramenta de trabalho em defesa da humanidade.

Durante o 3º Fórum Social Mundial (2003), em Porto Alegre (RS), mesmo credenciado como imprensa, foi preciso despistar a segurança para conseguir entrar num auditório lotado e ouvir o testemunho do fotógrafo sobre o seu trabalho na África.

Um dos seus trabalhos, Êxodos, levou seis anos para ser concluído e incluiu viagens a 40 países. O resultado está exposto em mais de 50 museus e registrado em um belíssimo livro de fotografia em preto e branco.

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