Palestina: Um ano de genocídio… um ano de resistência!

Charge: Carlos Latuff

O povo palestino resiste ao show de horrores do genocídio e o cinismo da imprensa brasileira

“O genocídio mais insolente e arrogante da história. Nem Adolf Hitler chegou ao ponto que chegou Netanyahu em sua política genocida…” É assim que Francisco Rezek, ex-juiz da Corte Internacional de Justiça e ministro aposentado do Superior Tribunal Federal, classifica o genocídio praticado por Israel contra o povo palestino.

Um ano da guerra genocida que deixa cada vez mais transparente a verdadeira intenção israelense desde a ocupação ilegal dos Territórios Palestinos, em 1947. Agora, Israel amplia os horrores do seu genocídio descarado para todo o Oriente Médio, com ataques brutais comandados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu no Líbano, que apenas nas duas últimas semanas já matou cerca de 2 mil pessoas. Uma escalada que tem avançado, também, contra o Iêmen, Iraque e Irã.

O avanço militar israelense em Gaza já matou mais de 42 mil palestinos, dos quais 60% são crianças e mulheres. Mais de 100 mil palestinos foram feridos. Segundo o Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha, na sigla em inglês), até 30 de setembro deste ano, 695 palestinos foram mortos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental. Até julho, o número de crianças mortas nesses territórios é de mais de 150.

Pelo menos 1,9 milhão de palestinos foram obrigados a se deslocar repetidamente, alguns por até 10 vezes ou mais, sempre fugindo dos bombardeios israelenses. Estima-se que Israel destruiu 60% de todos os prédios e da infraestrutura de Gaza, incluindo hospitais, escolas e templos religiosos.

A fome, a sede, a tortura, o estupro, a volta de doenças erradicadas e todo tipo de atrocidades também têm sido utilizados por Israel como armas de guerra, em verdadeiros crimes contra a humanidade. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu utiliza o ataque de resistência do Hamas, no dia 7 de outubro, e a ação de grupos como o Hezbollah, como pretexto para toda a fúria assassina da sua guerra genocida.

Tudo isso acontecendo e a falta de senso crítico da imprensa brasileira exibe, com o cinismo de sempre, os horrores do genocídio como se fosse apenas um pé de guerra Israel-Hamas. Enquanto isso, a imprensa livre com o seu jornalismo independente é ameaçada por revelar a verdade. O Coletivo Foque exerce um papel essencial junto às organizações e movimentos populares do país ao denunciar perseguições contra o jornalista Breno Altman, que tem sofrido diversos ataques por criticar e denunciar o genocídio de Israel contra o povo palestino e que, por isso mesmo, foi condenado a três meses de prisão em regime aberto, substituída por multa no valor de 15 salários mínimos. Assim como as ameaças sofridas pelo dirigente da CSP-Conlutas e militante do PSTU, Fábio Bosco, ao levantar sua voz em defesa dos palestinos.

Apesar de todos os horrores causados pelo genocídio, a resistência do povo palestino conta com o apoio irrestrito do jornalismo independente e a solidariedade internacional, que pressionam governos de todo o mundo para se levantarem contra Israel exigindo o cessar-fogo imediato e o fim da ocupação ilegal dos territórios palestinos. E que o governo brasileiro rompa, de fato, todas as relações do Brasil com o estado genocida.

// Entrevista exclusiva para entender o genocídio na Palestina…

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