
A greve nacional do funcionalismo público da Educação, que inclui universidades e institutos federais (IFEs) segue sua jornada de mobilizações locais e nacional, como os atos dos dias 21 e 22 de maio em Brasília.
“Mesmo diante de uma grande greve nacional, com 59 IFEs em greve, com forte mobilização local e nacional, como visto nos atos de 21 e 22 de maio, o governo tem apresentado o ultimato que dia 27 próximo será o último dia para assinarmos a proposta e que as negociações serão encerradas, desconsiderando o nosso processo de consulta às bases”, critica o Comando Nacional de Greve que representa o funcionalismo público das universidades e institutos federais de educação.
A última reunião da Mesa de Negociação com docentes foi realizada no dia 15 de maio. Na terça-feira (21), foi a vez de se reunir com técnicas e técnicos da educação. Nesse período, o Ministério da Gestão e da Inovação enviou dois e-mails às entidades ameaçando interromper as negociações, caso a proposta apresentada pelo governo não seja aceita.
ANDES, FASUBRA e SINASEFE, entidades que representam as categorias em greve, manifestaram repúdio à atitude antissindical do governo federal, que impõe um limite às negociações e ameaça trancar a porta do Planalto para o Comando Nacional de Greve se as categorias não aceitarem engolir 0% de reajuste para 2024 e não assinar o acordo coletivo até o próximo dia 27 de maio. Em nota, o Comando Local de Greve do SINTEST/RN, que representa técnicos e técnicas administrativas da UFRN, afirma que “um percentual de reajuste ZERO para 2024 não corrige as perdas salariais históricas” e nem avança no processo de reestruturação da carreira. “Tal proposta é um desrespeito flagrante à nossa categoria, ignorando completamente as nossas reivindicações legítimas e a nossa dedicação contínua à UFRN e à educação pública, laica e de qualidade.”
Enquanto tenta justificar a falta de recursos financeiros, o governo mantém em dia o pagamento da Dívida Pública à custa do sacrifício do funcionalismo federal e do serviço público. Ao ignorar as pautas que impactam as carreiras e condições de trabalho nas Universidades, nos Institutos Federais e Cefets, o presidente Lula trai seu próprio histórico ao virar as costas para entidades sindicais que lutam pela valorização do funcionalismo público e por educação de qualidade.