Árison: mais uma vítima do crime de ódio que ficará impune?

O educador Árison Rodrigo de Brito, 38 anos, foi mais uma vítima do ódio e da violência que impera na praia de Ponta Negra, famoso cartão postal de Natal (RN), local em que o professor da rede pública de ensino e estudante de direito da Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi espancado até a morte no último sábado (24/2).

 

Nas redes sociais colegas de trabalho e de convivência exigem justiça para que esse crime seja investigado e não fique impune. O Grupo Habeas Corpus Potiguar, entidade representativa dos direitos humanos e da comunidade LGBT, pede para “quem souber de qualquer informação sobre esse crime, por favor comunicar à polícia”.
A Rede Pindorama publicou uma nota manifestando indignação e dor pelo “crime brutal e cruel” cometido contra Árison, que “teve o corpo completamente violado por assassinos”. Aponta, também, que “estamos diante de retrocessos precisos nas relações sociais”.
Segundo o relatório “Onde mora a impunidade?”, do Instituto Sou da Paz, o Rio Grande do Norte esclareceu menos de 10% dos homicídios ocorridos entre 2020 e 2021. Os dados mostram o desrespeito com familiares que continuam sem resposta para tantos casos que se acumulam em meio ao aumento da impunidade. No Brasil apenas 33% dos 40 mil homicídios dolosos ocorridos em 2020 foram esclarecidos. Em 2021, o número de omissões cresceu para 35%.
“Somos todos Árison e não desistiremos de pedir justiça, invocando nossos ancestrais para que eles abracem o espírito de nosso grande guerreiro na natureza!”, conclui a nota divulgada pela Rede Pindorama.

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