Cessar-fogo é estendido por mais 2 dias. Confira atos pró-Palestina no Brasil neste dia 29/11

Foto: Agência Wafa

Nova lista de presos palestinos e reféns israelense está sendo negociada para esses dois dias

O cessar fogo na Palestina será prorrogado por mais dois dias. O anúncio foi feito pelo Qatar, principal mediador da trégua. Israel ainda não se manifestou sobre a extensão do acordo. O Hamas divulgou nota atribuindo o êxito da negociação aos esforços do Qatar e do Egito.
O quarto dia da primeira trégua acordada termina nesta segunda-feira (27). Até a madrugada desta segunda, 175 pessoas foram libertadas. Do total, 58 são reféns israelenses e 117 são presos palestinos. Ainda faltam pessoas a ser trocadas. As negociações sobre a troca de presos e reféns continuam nos próximos dois dias.
Na relação de prisioneiros palestinos estão alguns acusados por violação de fronteira, incitação ao terrorismo, porte de material explosivo e, pasme, alguns que foram presos por “arremesso de pedras”. Há mais de 8 mil palestinos nas prisões israelenses. Muitos são presos ao cruzar o checkpoint na Faixa de Gaza, que por meio de muros e vigilância violenta, mantém a população local em o que é considerado a maior prisão a céu aberto no mundo.
Os quatro dias iniciais não foram suficientes para garantir ajuda humanitária mínima. Gaza está destruída. As famílias palestinas estão sem água, energia, comida e moradia; há feridos, doentes e milhares de mortos.

A destruição aos olhos do mundo

O Catar já vinha defendendo a necessidade de prolongamento da trégua. A forte pressão internacional de apoio à Palestina pelas ruas de todo o mundo obrigaram Israel a negociar. Inclusive os Estados Unidos, maior apoiador do governo sioinista, defenderam o cessar-fogo, e o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) também. Isto porque, a cada dia os crimes de guerra cometidos por Israel ficam mais evidentes diante dos olhos do mundo e mais difíceis de serem justificados. É um genocídio!
Os Estados Unidos, ao mesmo tempo de que defendem a extensão da trégua, são os principais aliados de Israel com grande interesse geopolítico e econômico na região. O Senado norte-americano tem em mãos um pedido de Israel para obtenção de armas a preço mais baixo. Ou seja, os Estados Unidos são responsáveis diretos pelo genocídio do povo palestino.
“Os EUA estão com o povo de Israel, nunca deixaremos de apoiá-los (…) O apoio do meu governo à segurança de Israel é sólido como uma rocha e inabalável”, chegou a declarar Joe Biden após o 7 de outubro.
Já são mais de 15 mil mortos em Gaza e Cisjordânia, aproximadamente 30 mil feridos, e pelo menos 2,3 milhões de palestinos desabrigados; Israel teve 1.200 mortos e 5.600 feridos.

Israel desrespeita trégua

O Boletim Diário da Palestina divulgou que há evidências de que Israel não vem respeitando o acordo de cessar-fogo. Um fazendeiro foi morto e outro ficou ferido pelas forças israelenses no campo de refugiados em al-Maghazi, centro de Gaza. Além disso, Israel vem prendendo palestinos nos checkpoints que se deslocam do norte para o sul na Faixa de Gaza.
Na noite de sábado (25) pelo menos oito palestinos foram mortos e 18 ficaram feridos por forças israelenses e um jovem foi baleado em casa e teve atendimento médico negado, levando-o a morte.
Além de não respeitar o cessar-fogo, Netanyahu declarou no domingo (26) que as forças armadas israelenses retomarão a ofensiva armada após o fim do cessar-fogo, pois querem que o Hamas seja “eliminado”. O primeiro-ministro sionista reafirmou que Israel não pretende recuar em sua política genocida. “Vamos continuar até o fim. Nada nos demoverá e estamos convencidos de que temos o poder, a força, a vontade e a determinação para alcançar todos os objetivos da guerra”.

Romper com Israel

Qualquer posicionamento que não seja a ruptura política e econômica com Israel é apoio ao genocídio. Não basta lamentar o massacre que vem ocorrendo na Palestina.
O capitalismo torna os interesses econômicos mais importantes que a vida humana. A maioria dos países imperialistas apoiam Israel, como EUA, Reino Unido, França, Alemanha.
Por sua vez, tomaram decisão contundente em defesa da Palestina, Bolívia e África do Sul, que romperam relações diplomáticas com o estado sionista. Os governos do Chile e da Colômbia pediram explicações às embaixadas israelenses em seus  países que explicassem violações do direito internacional humanitário cometidas por Israel.
O governo Lula precisa seguir esse exemplo. É preciso repudiar o genocídio do povo palestino por meio do rompimento de relações com o estado israelense.

Veja os atos marcados pelo Brasil nesta quarta-feira (29), Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino

SP | São Paulo 
MASP, concentração às 18h
Saída do ato às 19h e chegada na Praça Roosvelt às 21h.
SP | Ribeirão Preto 
Esplanada teatro Pedro II, 17h.
RJ | Rio de Janeiro 
Candelária, 17h
Passeata até à Cinelândia, passando pelo Consulado dos EUA.
MG | Belo Horizonte 
UFMG, 11h
Debate sobre o massacre contra o povo palestino no Auditório da faculdade de Medicina da UFMG.
PE | Recife 
Praça do Derby, 17h.
GO | Goiânia
Praça do Bandeirante, 17h.
DF | Brasília 
Museu Nacional da República, 17h.
BA | Salvador 
Praça Castro Alves, 15h.
RS | Porto Alegre 
Largo Glenio Peres, 18h.
RS | Santa Cruz do Sul 
Praça da Bandeira, 18h.
RS | Santana do Livramento e Rivera 
Parque Internacional na Fronteira da Paz, 16h30.

(Com informações CNN, Brasil de Fato e Diário do Genocídio da Palestina)

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