Diante do impasse com o governo, as entidades As entidades do funcionalismo público federal junto com as centrais sindicais realizam no próximo sábado (16/9), às 9h de modo virtual e presencial, uma plenária nacional para debater os rumos da Campanha Salarial.
Essa é mais uma atividade que tem o objetivo de debater e encaminhar estratégias de luta para incluir o funcionalismo na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 e arquivar, definitivamente, a Proposta de Emenda à Constituição – PEC 32/20 do Poder Executivo, que trata sobre a Reforma administrativa e modifica a organização da administração pública direta e indireta dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. Uma verdadeira ameaça aos direitos do funcionalismo
“Vocês já pararam pra pensar o que a Lei Orçamentária Anual (LOA) tem a ver com reestruturação das nossas carreiras, salários, equiparação dos nossos benefícios, entre outras pautas econômicas e urgentes? Pois é, tem tudo a ver. E é por isso que no dia 16/09, próximo sábado, vai acontecer uma Plenária Nacional dos(as) Servidores(as) Públicos(as) Federais para que a gente possa discutir junto com o Dieese a LOA 2024, que inclusive foi enviada ao Congresso sem a previsão de reajustes”, comenta Artemis Martins, coordenadora geral do Sinasefe.
De acordo com a dirigente sindical, a Plenária será um momento importante também para tirar dúvidas sobre os detalhes de legislações orçamentárias. “Por isso é tão importante que a gente participe massivamente desse momento pra que a gente possa entender melhor como é que funciona o orçamento público, quais são as possibilidades que a gente tem pra garantir os servidores no orçamento e pra isso a gente precisa estar muito bem preparado pras lutas que temos pela frente“, acrescenta Artemis.
Para a CSP-Conlutas, “o momento exige unidade e a participação de todas as categorias do setor, pois a campanha do funcionalismo enfrenta um impasse nas negociações com o governo Lula-Alckmin”. Ainda de acordo com a central sindical e popular, na última reunião o representante do governo apresentou uma proposta “absurda“ que previa um reajuste irrisório de 0,7%. “Porém, no envio da PLOA 2024 (proposta orçamentária) ao Congresso, não existe nenhuma previsão de recursos para o reajuste dos servidores, ou seja, na prática, o que temos até agora é reajuste zero”.
A CSP-Conlutas avalia que a aprovação do novo arcabouço fiscal do governo Lula será prejudicial aos trabalhadores e aos serviços públicos, pois se trata de um mecanismo para arrochar o orçamento do país em detrimento do pagamento dos juros da Dívida Pública. “Não podemos aceitar limites do novo arcabouço. São anos de perdas acumuladas e redução de direitos, por isso o governo precisa apresentar uma proposta condizente com o que estão reivindicando as entidades do funcionalismo, bem como precisa abrir as negociações das mesas setoriais, na medida em que é preciso corrigir as distorções históricas das diferentes carreiras, que tem perdas variadas”, afirmou Paulo Barela, da CSP-Conlutas.
Mobilização, já!
Apesar da criação da Mesa Nacional de Negociação Permanente, o governo tem adotado uma tática de pura enrolação, afirma o representante da central sindical. “Nós, da CSP-Conlutas, defendemos que é preciso intensificar a mobilização e construir a greve do funcionalismo e para isso todas as organizações dos servidores precisam ter total autonomia e independência em relação ao governo Lula para denunciar os ataques e organizar, de fato, a luta em defesa das reivindicações dos trabalhadores”.
Confira a Programação de luta
-
9h – Abertura;
-
9h10 – Exposição do DIEESE sobre a LOA;
-
10h – Debate e perguntas sobre a LOA;
-
11h – Discussão sobre Calendário de Luta;
-
13h – Encerramento.
Acesse o link de acesso à Plenária:
https://us02web.zoom.us/j/83653101736?pwd=c3lnbjZIM0JJNG9xM3lTZklNRlU4Zz09