O insustentável silêncio do Grilo

A cultura popular está toda vestida de branco e usando um enorme chapéu tipo “sombreiro” mexicano pela morte do elegante poeta Pedro Grilo, que se encantou nesta sexta-feira (22/4), aos 86 anos, depois de encantar o mundo com a sua arte. Um artista militante que escrevia e pintava sonhos gigantes.

Fotografia: Rogério Marques
Mais do que um pensador, Grilo cometia atos de ousadia em forma de manifesto gritado pelos quatro cantos da cidade. Resta a memória de um artista dedicado à uma arte de resistência que por toda sua vida semeou inesgotável fonte de sabedoria. Um adeus que deixa órfãos fileiras de espaços culturais, calçadas e praças.
Pedro Grilo nasceu no dia 30 de setembro de 1936 em Natal, Rio Grande do Norte. O reconhecimento como fazedor de cultura levou o poeta e artista plástico a ocupar a cadeira 35 da Academia de Trovas do RN e a integrar a Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do RN e a União Brasileira de Trovadores.
Enfim, o clima é de luto, amparado pelo solitário cajado que testemunhou por longo tempo o canto do Grilo agora silenciado.

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