Na reunião com o prefeito de Natal, ocorrida na última terça-feira, as negociações entre as categorias da saúde e a gestão municipal não avançaram. “O prefeito apenas prometeu que iria analisar a nossa pauta e dar um retorno dia 29 desse mês. A gente fez um levantamento e cerca de setenta por cento dos profissionais da saúde estão paralisados nas suas atividades”, informa Érica Galvão, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde (Sindsaude/RN). Ela afirma que nas unidades 24 horas está sendo respeitado o contingente de ficar o mínimo de trinta por cento funcionando. ”As unidades como Estratégia Saúde da Família e Unidades Básicas de Saúde param cem por cento. Existem os contratos temporários que por medo não aderem à greve e ficam trabalhando nessas unidades, mas num contingente mais reduzido”.
Érica lembra a palavra de ordem “Servidor está na rua, prefeito a culpa é sua” para explicar que chegaram nesse limite de fazer greve porque se esgotaram todas as negociações. “A gente não quer prejudicar a população, pelo contrário, a nossa pauta abrange não só o reajuste salarial que é necessário, mas também melhores condições de trabalho e a melhoria dos serviços de saúde pública de Natal”, complementa. Um dia após a audiência com o prefeito Álvaro Dias, diante da falta de uma proposta concreta por parte da prefeitura, a categoria se reuniu em assembleia extraordinária na praça 7 de Setembro e decidiu manter a greve por tempo indeterminado.
» Confira os próximos passos da greve
Sábado (16/4) – Panfletagem, às 8 horas, na feirinha de artesanato de Ponta Negra. O objetivo é informar a população de Natal e os turistas que visitam a cidade sobre o caos em que se encontra a saúde pública.
Segunda-feira (18/4) – Ato público, às 8 horas, em frente à maternidade Leide Morais, na zona norte de Natal, para denunciar os problemas existente na unidade e fortalecer a mobilização da greve da categoria.
Terça-feira (19/4) – Reunião presencial do Comando de Greve. Na ocasião será decidido o calendário com os próximos locais e datas de mobilização. O novo calendário de lutas aprovado será publicado nas redes sociais.
