Justiça a Moïse Kabagambe: Centrais Sindicais reforçam convocação de atos neste sábado (05/2)

Familiares do congolês Moïse Kabagambe, morto no Quiosque Tropicália, na praia da Barra da Tijuca, se reúnem com membros da Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Durante reunião nesta quinta-feira [03/4] as Centrais Sindicais brasileiras aprovaram aprovaram a convocação nacional dos atos marcados para este sábado, dia 5, em protesto ao assassinato do refugiado congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, no Rio de Janeiro.

A nota das centrais sindicais denuncia a brutalidade dos assassinos em mais um ato que expõe o racismo enraizado em nossa sociedade e pede por justiça. A CSP-Conlutas manifestou solidariedade aos familiares de Moïse e todos os refugiados e migrantes, sobretudo os negros e marginalizados nesta sociedade capitalista. “Em cada região, é preciso somar-se aos atos organizados que acima de tudo reivindicam a defesa da vida de trabalhadoras e trabalhadores, além de um mundo sem racismo, xenofobia e exploração”, reforça Atnágoras Lopes, da Central Sindical e Popular.
Na capital Rio de Janeiro, onde residia Moïse, ocorrerá manifestação a partir das 10h em frente ao quiosque Tropicália, no Posto 8 da praia da Barra, na avenida Lúcio Costa, altura do número 6.900, local onde Moïse morreu após ser espancado por cinco homens.
Foto: Tweet/Levante Popular da Juventude 
Na madrugada da terça-feira [03/2] integrantes do Levante Popular da Juventude realizou uma manifestação em frente ao Quiosque Tropicália para denunciar o assassinato brutal do jovem congolês Moïse e exigir justiça. No sábado tem mais atos por todo o país.
Leia na íntegra a nota das Centrais Sindicais:

Dia 5/2 vamos à luta por justiça por Moïse Kabagambe!

O assassinato brutal do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 24 de janeiro, sintetiza em um só ato o racismo enraizado em nossa sociedade, o sentimento de xenofobia que cresce com o avanço da extrema-direita e os efeitos nefastos da política neoliberal que retirou direitos trabalhistas e suprimiu investimentos na área social.
O jovem africano que trabalhava sob contratação precarizada, recebendo apenas por diárias foi morto com chutes, socos e ao menos 30 pauladas porque por cobrar pagamentos atrasados no quiosque Tropicália, em que prestava serviço.
Em protesto contra o crime, e pela rápida e transparente apuração e punição aos envolvidos, a comunidade congolesa realizará neste sábado, dia 5, uma manifestação, em frente ao quiosque onde Moïse foi morto, na praia da Barra da Tijuca, a partir das 10h. A família da vítima participará do ato. Em São Paulo, o ato será às 10 horas, no vão livre do MASP. Também haverá protestos em Salvador, Belo Horizonte, Belém, além de outras cidades.
As Centrais Sindicais se somarão neste contundente pedido por justiça. Em cada região, chamamos a somar e fortalecer os atos que estão sendo organizados.
Nos solidarizamos com os familiares de Moïse bem como com todos os imigrantes, sobretudo aqueles que buscam segurança e inserção social no Brasil. Vamos à luta por justiça por Moïse Kabagambe. Basta de racismo, xenofobia e genocídio negro!
São Paulo, 03 de fevereiro de 2022
 
Sérgio Nobre, presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)
Miguel Torres, presidente da Força Sindical
Ricardo Patah, presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores)
Adilson Araújo, presidente da CTB (Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Oswaldo Augusto de Barros, presidente da NCST (Nova Central Sindical de Trabalhadores)
Antonio Neto, presidente da CSB (Central de Sindicatos do Brasil)
Atnágoras Lopes, Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas
Edson Carneiro Índio, secretário geral da Intersindical Central da Classe Trabalhadora
José Gozze, presidente da Pública, Central do Servidor
Emanuel Melato, coordenação da Intersindical Instrumento de Luta

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