Fotografia: CSP-Conlutas

No Dia da Consciência Negra [20/11] ocorreu mais uma marcha da luta antirracista que levou para a rua gritos como “Vidas negras importam” e “Fora, Bolsonaro”.

 

Esta é uma entre tantas batalhas da jornada em defesa dos direitos e o combate ao desemprego, à fome, à desigualdade e injustiça social. Os protestos que voltaram a agitar o país celebraram a disposição de luta de uma população historicamente oprimida e que continua sendo  humilhada e massacrada na fábrica, periferia, nos asfalto, no chão do shopping center, no Brasil e no mundo.

A herança dos senhores de escravos de séculos passados segue como política de governo, escancaradamente, apoiada pelo Congresso Nacional e setores do judiciário. O mesmo ódio que perseguiu e assassinou Zumbi dos Palmares em 20 de novembro de 1695, agora governa o genocídio da população negra, indígena e da classe trabalhadora. Resta o grito de resistência que tem se repetido alto e bom som nas ruas, por comida no prato, emprego e “Fora Bolsonaro!”

Não adianta insultar a nossa indignação ativista que tem afetos, sonhos e consciência como benditos aliados por um mundo justo e igual. Podemos pensar junto com a história para reafirmar a voz do poeta-trabalhador francês Eugène Pottier, autor da canção proletária A Internacional – “De pé, ó vítimas da fome”.

Assim como no Brasil inteiro, Natal e Mossoró deram o tom dos protestos contra toda forma de opressão durante as manifestações ocorridas neste Dia da Consciência Negra. Entre as bandeiras de luta estão congelamento de preços dos alimentos, emprego e renda, redução da jornada de trabalho sem redução salarial, contra as privatizações e a reforma administrativa que acaba com os serviços públicos. Sem esquecer, jamais, a morte de mais de 600 mil pessoas vítimas da Covid-19. Além da política de fome que afeta milhões de brasileiros.

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