Adeus, Sérgio Mamberti!

Fotografia: Taian Marques/Coletivo Foque

“Estamos aqui na frente de luta no sentido de encontrar alternativas para que a gente possa reconquistar todo o projeto político, democrático, cultural brasileiro”, disse o ator, diretor, produtor e militante da cultura Sérgio Mamberti em entrevista ao Coletivo Foque durante o 3º Encontro Nacional do Direito à Comunicação, realizado em Brasília entre 26 e 28 de maio de 2017. Firme em suas declarações, falou sobre educação, cultura e comunicação como elo fundamental na luta contra o retrocesso.

Nascido em 22 de abril de 1939, em Santos (SP), Sérgio Duarte Mamberti morreu na madrugada desta sexta-feira (03/9) aos 82 anos. Ao longo de mais de 50 anos recebeu merecidos aplausos e vários prêmios pelo seu trabalho e sua militância em defesa da cultura. Durante 12 anos assumiu diversos cargos no Ministério da Cultura durante o governo Lula (2003-2011) e no primeiro mandato de Dilma Roussef (2011-2014). Foi secretário de Música e Artes Cênicas, secretário da Identidade e da Diversidade Cultural, presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte) e secretário de Políticas Culturais. A militância cultural era uma das suas paixões, mas contou que o teatro é a sua vida, “é ali que eu respiro”.
O ator que se formou na Escola de Arte Dramática (EAD) em 1961, participou de 36 filmes, 36 novelas, cerca de 80 peças de teatro. Cinéfilo declarado, chegou a revelar que assistia uma média de 400 filmes por ano. E por falar em cinema, Sérgio Mamberti atuou em clássicos brasileiros, como “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Toda Nudez Será Castigada” (1973), “A Hora da Estrela” (1985), “A Dama do Cine Shangai” (1987).

Adeus com gosto de uma saudade infindável e todos os aplausos para nosso querido Sérgio Mamberti.

Fotografia: Taian Marques/Coletivo Foque

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