
Trabalhadoras e trabalhadores do serviço público federal, estadual e municipal de todo o país participaram nesta terça-feira (03/8) de uma manifestação contra a Reforma Administrativa [Proposta de Emenda à Constituição – PEC 32/20).
O ato que iniciou no Museu Nacional, em Brasilia, serviu de um “esquenta” para a Greve Geral do setor público no próximo dia 18 e contou com representações de entidades que compõe o Fórum dos Servidores Públicos das Centrais Sindicais, como a CSP-Conlutas, Sinasefe, Andes, Fasubra. Em seguida, a manifestação seguiu em passeata pela Esplanada dos Ministérios até o Congresso Nacional. Durante todo o percurso os manifestantes usaram suas armas de luta [faixas, cartazes, bandeiras e palavras de ordem] para protestar contra mais um projeto do governo Bolsonaro, que pode ser o fim dos serviços públicos no Brasil.
A PEC 32/20, que aguarda parecer do relator na Comissão Especial da Câmara dos Deputados, altera a lei sobre servidoras e servidores públicos , além de mudar toda estrutura da administração pública “direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios”. Essa é só mais uma pancada no meio de tantos e tantos golpes para apagar do mapa serviços essenciais garantidos ao povo brasileiro. São ataques que precisam ser combatidos através da lutra que vem sendo organizada pelos partidos da classe trabalhadora, o movimento sindical e popular. Por isso mesmo, faz-se necessário cada manifestação ganhar corpo, unir o país de uma vez por todas e mostrar que não estamos sozinhos. Só assim vamos fazer valer o legítimo grito do Povo e livrar-se da política autoritária do fascismo.
“Nós inauguramos, a partir do último mês, um momento histórico da classe trabalhadora, dos trabalhadores e trabalhadoras do serviço público. Nós começamos a reunir os três poderes. O judiciário, executivo e legislativo, mas também as três esferas: municipal, estadual e federal. Juntamos trabalhadores dos mais diversos cantos do país e construímos um grande Encontro Nacional com mais de cinco mil e quinhentos inscritos. Hoje, começamos a tomar as ruas, para que essa unidade seja refletida em nossos locais de trabalho e nos nossos municípios”, afirma Adriana Stella, dirigente da CSP-Conlutas e Fasubra (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas). “Queremos uma sociedade que dê segurança, saúde, educação e condições da gente poder ver nossos filhos e filhas crescerem sem exploração e opressão. Esta sociedade só será construída na luta e nas ruas através da nossa auto-organização pra construir o socialismo e por fim ao capitalismo”, acrescenta a sindicalista.
