O grito de sobrevivência e resistência de uma imprensa livre

Fórum Social Mundial 2005 | Fotografia: Rogério Marques
 
Tenho sangrado demais,
tenho chorado pra cachorro
Ano passado eu morri,
mas esse ano eu não morro
Os versos da cantiga Sujeito de Sorte, composição de Belchior, traduzem o grito de sobrevivência e resistência de uma imprensa livre que vive com a cuia na mão, mas nem por isso deixou de falar e reproduzir a língua do povo e dos movimentos populares. Uma língua que faz parte da formação do povo brasileiro, como o paraibano Zé Limeira, repentista negro que viveu entre os anos de 1886 e 1955, mas tem sua fala repercutida por músicos consagrados, a exemplo da poesia de cordel escrita no início do século passado:
Eu já cantei no Recife
perto do Pronto Socorro:
ganhei duzentos mil-réis
comprei duzentos cachorro;
ano passado eu morri
mas esse ano eu não morro.
Assim como os versos de Zé Limeira a imprensa livre do Coletivo Foque soa o grito da resistência tão necessário e urgente neste momento. É preciso estar atento e forte. Sempre. Ano após ano.

Nada vai nos calar!

Para nós sempre prevalecerá a liberdade de expressão reafirmada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos desde 1948. Mesmo em meio à grave pandemia da Covid-19 o nosso jornalismo coletivo tem publicado reportagens e bate-papos que colocam em cena histórias que não aparecem na imprensa dos ricos e poderosos.

Junte-se ao nosso coletivo e ajude a manter a independência da imprensa livre. Basta escolher a sua forma de apoio através do  Catarse  ou doar qualquer valor pelo  PIX: 13283283419  

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais acessadas