No último sábado (02/10), uma geladeira aberta com ossos caindo pelo chão chamou a atenção durante os protestos do ato “Fora Bolsonaro” em frente ao shopping Midway Mall, zona leste da capital potiguar.

“A fome não espera”. A frase na porta da geladeira descreve o retrato da fome produzida por um sistema perverso que espalha miséria pelos quatro cantos do mundo. De acordo com o estudo divulgado em julho deste ano pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), entre 720 milhões e 811 milhões de pessoas passaram fome em 2020, especialmente com a pandemia de Covid-19.
Relatório da ONG (Organização Não Governamental) Oxfam estima que atualmente 11 pessoas morram de fome por minuto. A organização humanitária calcula ainda que até o final de 2021 cerca de 12 mil pessoas poderão morrer diariamente de fome, mais do que o número de óbitos pela covid-19.
No Brasil, mais de 19 milhões de pessoas passam fome, segundo Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19, desenvolvido pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssan).
Insegurança alimentar é quando alguém não tem acesso pleno e permanente a alimentos.