“Quer ser professor no Brasil? Derrube o governo!”

Fotografia: Rogério Marques/Coletivo Foque

15 de outubro simboliza toda uma luta por reconhecimento e valorização profissional de quem passa o ano inteiro na escola, “aprendendo e ensinando uma nova lição”.

Um longo caminho percorrido por uma categoria formada por mulheres e homens que nunca correm da raia. Caminhada que faz parte da peleja por uma educação pública de qualidade e que abraça o sonho por liberdade, igualdade e justiça social.
Hoje, a aula será para ensinar a derrubar governos que atacam a nossa categoria com baixos salários, além de tiros, pitbull, gás lacrimogêneo e destruição da escola pública. A mesma realidade que reflete o estudo realizado pelo Ipec para o Unicef, ao revelar que mais de uma em cada dez meninas e meninos de 11 a 19 anos (11%) não estão frequentando a escola no Brasil. O equivalente a 2 milhões de crianças e adolescentes da rede pública de ensino. “Educação é direito humano e social para todos, todas e todes. É o direito dessas pessoas ter acesso e permanência nas escolas garantidos e nós trabalhadores e trabalhadoras da educação básica pública do Brasil contribuímos na garantia desse direito”, afirma Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).
Daí, a importância da luta organizada junto ao sindicato para garantir o direito à educação e a devida valorização a profissionais que cumprem um papel fundamental na vida de todas as pessoas.
Relatório da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), mostra que o piso salarial dos professores brasileiros nos anos finais do ensino fundamental é o mais baixo entre 40 países pesquisados. “Para nós, a qualidade da educação é um tripé formado por um financiamento público que atenda as necessidades da educação, por uma gestão democrática, que possibilite o debate por exemplo do projeto político pedagógico da escola, e a valorização do profissional, com bons salários e plano de carreiras para que os profissionais possam ter uma perspectiva de futuro”, explica Roberto Leão, secretário de Relações Internacionais da CNTE.
E a gente fazendo conta
Pro dia que vai chegar
Faz-se necessário fazer coro com o cantador Geraldo Vandré: é a volta do cipó de aroeira no lombo de quem mandou dar.

 

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