O impacto arrebatador da leitura em nossas vidas

A escritora e mestre em filosofia, Juliana de Albuquerque, escreveu em sua coluna na Folha de São Paulo que “a companhia de um bom livro é sempre bem-vinda” para pessoas que se encontram acamadas, embora ficar adoentada não seja nada divertido. Na sua opinião, “a leitura, nessas circunstâncias, nos ajuda a combater o tédio e a inquietação.”

Ainda mais em tempos de internet com o círculo vicioso das redes sociais, certamente, ocupar o tempo com uma boa leitura em momentos que o corpo e a mente pedem arrego é uma pedida por demais saudável. Não há idade ou contraindicação para iniciar ou retomar o hábito da leitura. Sejam os clássicos da literatura brasileira, a série “Escravidão”, de Laurentino Gomes, ou “Ideias para adiar o fim do mundo”, do líder indígena Ailton Krenak, ler é um vício que ajuda a reparar qualquer dor sem causar dano à saúde. Quaisquer que sejam as escolhas, a leitura é sinônimo de terapia.
Não à toa, matérias como Filosofia e Sociologia foram retiradas do currículo no ensino médio durante a ditadura militar, sendo substituídas pelas disciplinas de Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política do Brasil (OSPB). “Eu digo frequentemente que a sociologia é um esporte de combate, um meio de defesa pessoal. Basicamente, você pode usá-la para se defender, sem ter o direito de utilizá-la para ataques covardes”, chegou a afirmar o sociólogo Pierre Bourdieu. Ele considera ser tarefa dos pensadores trazer seus conhecimentos para que as pessoas entendam a realidade e o mundo em que vivem.
Nem parece, mas houve a época em que era preciso frequentar biblioteca e livraria para ler um livro. A outra alternativa era tomar emprestado, a exemplo de clássicos como “A Mãe” (Máximo Gorki), “Os Carbonários” (Alfredo Syrkis) ou ter o prazer de ganhar presentes como a edição em capa dura do almejado “Desobedecendo” [Henry Torreau].
“Os verdadeiros analfabetos são os que aprenderam a ler e não lêem”, assim, o poeta Mario Quintana chama a atenção para a importância da leitura, seja qual for a circunstância.

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