“O Choro do Caçuá é um resgate histórico”

O Choro do Caçuá acontece todo primeiro sábado de cada mês na praça Padre João Maria, centro histórico de Natal.

Sob a batuta do músico Carlos Zens, o projeto reúne artistas que desejam tocar e natalenses que apreciam esse sopro musical encantador. Os primeiros encontros, em meados de 2018, aconteciam no Ponto de Memória Estação do Cordel, que deu apoio estrutural ao projeto desde o início, disponibilizando suporte de camarim e energia elétrica para o evento acontecer na praça que fica em frente ao espaço cultural.

A roda de choro não tem patrocínio do poder público e para não deixar a peteca cair, um caçuá (espécie de cesto) é passado entre o público para coletar doações. O povo gosta desse ritmo musical e precisa demais de iniciativas culturais como o Choro do Caçuá, que é o que há de melhor para reviver o chorinho e trazer gente ao centro da cidade, uma forma de resgatar esse espaço esquecido pelo poder público.

Na opinião da dentista Diviane Alves, “precisamos de mais cultura no centro da cidade, que hoje vive um abandono, um lugar de fala e de tantas histórias de artistas, músicos, pintores que retrataram tão bem a cidade”. Ela lembra artistas que se foram e deixaram seu legado, como Romildo Soares e outros que viveram relegados ao abandono, assim como inúmeros prédios construídos no início do século XVI.

O Choro do Caçuá a cada apresentação chama a atenção do público, seja dos que frequentam o centro da cidade, fazendo compras, ou das pessoas que sabem da existência desse lindo projeto cultural que emociona tanta gente. Assistir o Choro do Caçuá ao vivo foi maravilhoso, sempre tive a maior vontade de conhecer e não conseguia vir, pois trabalho no interior e retorno a Natal final de semana.

Em conversa com as amigas eu percebi a importância desse evento. Diviane Alves já tinha participado do evento e combinamos de nos encontrar. Ela revela que ficou muito emocionada, o choro toca o seu coração, pois gosta muito de chorinho, que conheceu através da grande Chiquinha Gonzaga.

Para Diviane, esse é um projeto belíssimo no qual Carlos Zens consegue mobilizar músicos competentes, alguns desconhecidos do público. “O chorinho é um ritmo musical que mexe muito com nosso emocional. O Choro do Caçuá é um resgate histórico, é uma programação para todo o mundo, inclusive a participação das crianças dançando, muitos idosos que conhecem aquelas canções e jovens. Eu gostei muito e virei sempre que puder para valorizar e me emocionar”, confessa a dentista que é fã do chorinho.

Antônia de Oliveira, que nunca tinha ido nesse tipo de apresentação, também falou sobre a importância do projeto e o quanto ela gostou de estar ali, reviver o chorinho num espaço como o centro da cidade que deveria ter mais apoio do setor cultural. Ela afirmou com toda convicção que pretende retornar.

É necessário apoiar mais eventos como esse para que nossa cultura se mantenha viva nas mentes e corações.

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