32 anos do SUS: Por que resistir ao sucateamento e às privatizações é urgente?

Por Fernanda Pessoa
Mãe com sua criança, pintura de Candido Portinari

O dia 19 de setembro representa um marco para o Brasil. Exatamente nessa data, em 1990, nascia oficialmente o SUS, o maior sistema de saúde pública do mundo.

Criado para ter abrangência universal e acesso democrático, o Sistema Único de Saúde foi regulamentado em todo o território nacional através da Lei nº 8.080. Mas, foi a Constituição Federal de 1988 que consagrou a saúde como direito de todos e dever do Estado. O que antes era um serviço para poucos e de responsabilidade federal, passou a ser descentralizado e de gestão compartilhada entre União, estados e municípios.
Nesse período de Pandemia, nunca foi tão evidente a importância do SUS e o seu papel no enfrentamento à Covid-19. No entanto, constantemente esse direito universal vem sendo ameaçado pelos governos. O investimento destinado à saúde pública vem diminuindo, enquanto a privatização dos serviços está aumentando. Para os que governam, a saúde é uma verdadeira mercadoria e quem sofre com a falta de investimento é a população mais carente e necessitada de atendimento.
É importante também lembrar que o processo de privatização dos serviços de saúde ocorre há alguns anos, principalmente na gestão dos serviços através das organizações sociais (OSs) e, secundariamente, através das parcerias público-privadas (PPPs). São processos impulsionados por governos anteriores e agora vêm sendo intensificados pelo governo Bolsonaro.
Por isso, é urgente lutar na defesa de um SUS gratuito, de qualidade e 100% estatal. É preciso mais investimento para que o serviço seja ofertado com qualidade para a população e que os trabalhadores da saúde tenham condições dignas de trabalho e salários valorizados. Mais do que nunca, viva o SUS!

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