Greve dos servidores públicos federais em Educação ganha força com adesão do Sinasefe

A 187ª Plenária Nacional do Sinasefe aprovou o indicativo de greve nacional da categoria (docentes e técnico-administrativos da Rede Federal), a partir de 3 de abril.

Realizada nos dias 16 e 17 de março de 2024, em Brasília-DF, a atividade contou com a participação de 58 seções sindicais e mais de 210 pessoas (dentre as quais 87 de modo virtual). A resposta dos servidores ao descaso do governo Lula é a mobilização para construir a greve em todo o país e a luta contra a política do arcabouço fiscal.
A categoria se junta à greve nacional dos Técnicos-Administrativos das Instituições de Ensino Superior (TAE’s), que já cruzaram os braços em mais de 80% das Universidades Federais desde a segunda-feira (11/3).
A luta do funcionalismo federal ainda pode contar com a adesão dos professores das Universidades Federais, que já aprovaram no Congresso da Andes (Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior) a construção de uma greve.
As greves no serviço público federal demonstram a disposição de luta das categorias diante da recusa do governo Lula em recompor as perdas salariais e reestruturar as carreiras de técnicos administrativos e docentes. Desde a retomada das Mesas Nacionais de Negociação, até o momento só “enrolação e a cara de pau de uma administração que chegou a oferecer 0% de reajuste”. Na última rodada de negociação, em fevereiro, foi apresentado o índice de 9% dividido em duas vezes: 4,5% em 2025 e 4,5% em 2026. Mesmo assim, esses valores estariam atrelados à arrecadação. Consequências do Arcabouço Fiscal, que amarra os gastos públicos para garantir o pagamento da Dívida Pública.
A prioridade do governo é com a elite empresarial e banqueiros. Enquanto isso, o funcionalismo amarga anos de perda salarial e retrocesso no serviço público. A revogação dos atos administrativos criados no governo Bolsonaro e que precarizam o trabalho da categoria também está na pauta, que inclui a luta contra a Reforma Administrativa.

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