60 anos do golpe potiguares mortos e desaparecidos

ANATÁLIA DE SOUZA MELO ALVES Em dezembro de 1972, foi presa pelo DOI-CODI e levada para um local desconhecido. Sua prisão só foi registrada 26 dias após o sequestro. Oficialmente, sua morte foi declarada como suicídio, porém, as evidências indicam tortura e violência sexual, incluindo queimaduras nos órgãos genitais.

DJALMA MARANHÃO Prefeito de Natal pelo Partido Trabalhista Nacional (PTN). Sua gestão foi marcada por avanços na educação, com destaque para a campanha de alfabetização "De pé no chão também se aprende a ler". Com o golpe de 1964, foi deposto, preso e teve seu mandato cassado. Exilado no Uruguai, faleceu em 1971. Seu corpo foi sepultado em Natal.

ÉDSON NEVES QUARESMA Ingressou na Escola de Aprendizes-Marinheiros de Pernambuco em 1958. Em 1964, foi preso e expulso da Armada. Após viver na clandestinidade e receber treinamento em Cuba, retornou ao Brasil em 1970 como membro da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Desapareceu em 5 de dezembro de 1970. Investigações indicam sua execução pela ditadura.

EMMANUEL BEZERRA Teve uma trajetória marcada pelo ativismo político. Fundou jornais e destacou-se no movimento estudantil, sendo presidente da Casa do Estudante, diretor do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFRN, integrante do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e dirigente do Partido Comunista Revolucionário (PCR). Foi morto em setembro de 1973, sob tortura e mutilação do corpo.

GERALDO MAGELA Poeta e jornalista, cursou Medicina em Sorocaba, onde liderou o movimento estudantil. Sua morte em 1973, oficialmente considerada suicídio, foi contestada pela família, que alegou prisão e assassinato por agentes da ditadura militar. O laudo necroscópico, assinado por médicos-legistas conhecidos por emitir laudos falsos de morte de presos políticos, é questionado.

6:00PM

Flying to Canada

GLÊNIO SÁ Iniciou sua militância política aos 16 anos, durante a Ditadura Militar, participando do movimento estudantil e ingressando no PCdoB. Participou da Guerrilha do Araguaia, sendo capturado em 1972 e libertado em 1974 após um período de torturas. Sua morte, em 1990, oficialmente atribuída a um acidente automobilístico, é contestada pela família, que acredita ter sido forjada pelos militares.

HIRAN DE LIMA PAIVA Teve uma vida marcada pela militância política desde sua prisão em 1935, após o levante comunista. Eleito deputado federal em 1946 pelo Partido Comunista Brasileiro (PCB), teve seu mandato cassado em 1948. Após o golpe militar de 1964, viveu clandestinamente e em 1975, desapareceu. Sua esposa, Célia Pereira, foi presa e torturada, mas afirmou ter visto Hiran sendo torturado.

9:00PM

Dinner

JOSÉ HILTON DE LIMA PAIVA Iniciou sua militância política no movimento estudantil e se tornou militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR). Em dezembro de 1972, aos 23 anos, foi morto em ação comandada pelo DOI-CODI do I Exército, no Rio de Janeiro. Evidências indicam que foi morto sob tortura ou execução, tendo seu corpo carbonizado dentro de um carro incendiado.

My Go-To Dinner Recipe

“I have to watch my diet, but every now and then I splurge and have comfort food.”

LÍGIA MARIA SALGADO NÓBREGA Destacada militante da Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares) contra a ditadura militar. Morreu aos 24 anos durante a Chacina de Quintino, operação policial em uma casa usada pela VAR-Palmares no Rio de Janeiro, em 29 de março de 1972. Investigações indicam que foi morta por disparos durante a invasão.

11:00PM

Bedtime

LUÍZ MARANHÃO Advogado, professor e jornalista, figura destacada no Partido Comunista Brasileiro (PCB), foi preso diversas vezes e submetido a torturas intensas durante a ditadura militar. Em 1974, foi preso novamente e desapareceu. Documentos recentes indicam que ele foi torturado e morto durante a "Operação Radar", ação para desmantelar o PCB. Seu corpo teria sido jogado no rio Novo, em São Paulo

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VIRGÍLIO GOMES DA SILVA Sindicalista e militante político que atuou no Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e na Ação Libertadora Nacional (ALN). Ele liderou o sequestro do embaixador dos EUA em 1969, libertando prisioneiros políticos. Capturado em setembro de 1979, na cidade de São Paulo, foi torturado e morreu 12 horas após sua prisão. Seu corpo nunca foi encontrado.

ZOÉ LUCAS DE BRITO Militante político na Ação Libertadora Nacional (ALN). Após ser preso em 1970 e libertado, enfrentou perseguições, mudando-se para São Paulo e planejando sair do país para evitar nova prisão. No entanto, foi executado em São Paulo em 1972 com indícios de tortura. Seu corpo foi encontrado nos trilhos da estação de trem Tamanduateí.